terça-feira, 5 de julho de 2011

Ainda sobre Icewine - Pericó

O post anterior, sobre Icewine (vinhos feitos de uvas congeladas) rendeu bastantes e-mails me pedindo mais informações. A curiosidade é alta, pois pouco se sabe sobre este processo. Hoje recebi um material explicativo da Pericó, e coloco abaixo na íntegra para compartilhar com meus leitores:


Com as temperaturas bem abaixo de zero antes do sol nascer, nesta madrugada de 28 de junho de 2011, a Vinícola Pericó iniciou a elaboração da safra 2011 do Pericó Icewine. As uvas Cabernet Sauvignon, perfeitamente maduras, estavam congeladas naturalmente a -9º C, quando a colheita foi cuidadosamente feita pela equipe Pericó, a 1.300 m.s.n.m.

Este é o 2º ano em que a Vinícola Pericó registra em seus vinhedos o fenômeno da natureza mais esperado do inverno: o gelo, em condições perfeitas para a produção desse vinho raro. Em 4 e 12 de junho de 2009, com os termômetros marcando -7,5º C, esse sonho se tornou realidade pela primeira vez. O 1º Icewine foi produzido no Brasil em uma ação ousada e pioneira da Vinícola Pericó e lançado em uma data especial, 10/10/10, às 10h10min10seg.

Elaboração
Para elaborar um Icewine – vinho do gelo – é preciso colher as uvas maduras em temperatura inferior a -6ºC. Nessa condição, a água congelada no interior das uvas é separada durante o processo inicial de elaboração, resultando em um mosto rico em açúcares que posteriormente é fermentado lentamente e depois, permanece por alguns meses em barricas de carvalho francês.

A Vinícola Pericó apresentará, em 2012, a 2ª safra do Icewine genuinamente brasileiro, com qualidade equivalente aos tradicionais Icewines produzidos na Áustria, Alemanha, Itália e Canadá, principalmente.

Escolha da uva
Enquanto na maioria dos países produtores de Icewine, como Alemanha, Áustria e Canadá, as uvas são das variedades brancas, na Pericó a eleita foi a Cabernet Sauvignon, escolhida por ser a de colheita mais tardia. É também a única capaz de sustentar seu lento amadurecimento nas parreiras até a chegada das temperaturas negativas do inverno na altitude de São Joaquim (SC), onde se situa a Vinícola Pericó.

No vinhedo o processo também é diferenciado: a poda das videiras é feita pelo método Guyot, com o objetivo de distribuir melhor os cachos e dar maior uniformidade na maturação das uvas. Também é feito um raleio drástico, com descarte de mais de 50% da uva que seria produzida por pé para favorecer a concentração de açúcar.




quinta-feira, 30 de junho de 2011

Icewine - Pericó!

Fazia tempo que eu estava curioso sobre os vinhos tipo Icewine. São vinhos feito a partir de uvas congeladas e propiciam um sabor diferente. Na América do Sul, até agora, apenas a vinícula Pericó de Santa Catarina conseguiu produzir, uma safra em 2009. Portanto, encontrar este vinho é coisa rara. E cara também, diga-se de passagem. Uma pequena garrafa, de 200ml sai por R$ 180,00. É o preço da exclusividade.
Mas o preço não é só pela bebida inédita por aqui. O vinho traz junto todo um kit muito bacana. Uma pequena taça de cristal, um manual sobre o vinho, uma caixa de metal e tudo isto em uma atraente caixa um pouco maior. Diminui um pouco a sensação de ser caro, mas ainda assim não torna o produto acessível.
Os vinhos tipo Icewine são famosos no Canadá e são vinhos produzidos a partir de uvas colhidas a graus negativos e congeladas naturalmente. E é aí que está a graça do vinho.
Ao abrir a garrafa, a primeira análise é da cor. Não muito atraente, um vermelho tom de terra. No aroma, uma percepção diferente. Meu pai que estava conosco no momento desta descoberta, achou que o aroma lembrava beterraba! Putz, ô pai, isso é coisa que se faça? Aquilo não saiu mais da minha cabeça e acabei encarando o vinho imaginando a beterraba!!! Tirando esta questão exótica, percebe-se que é um vinho muito menos frutado do que a maioria dos vinhos mais doces. No sabor, a surpresa ficou abaixo do que esperávamos. Não estou querendo dizer que o vinho é ruim, pelo contrário, é um bom vinho. Mas a expectativa estava alta. Nós todos que tomamos, gostamos de vinhos de sobremesa (Late Harvest) e na nossa avaliação, o Icewine é inferior. Ele é menos doce, por isso talvez agrade muito aqueles que gostam de um vinho de sobremesa, mas consideram os Colheitas Tardias muito adocicados. Na realidade, este Icewine ficou entre um Late Harvest e um Vinho do Porto, tanto na cor quanto no sabor. Pela alta exclusividade, vale a pena provar! Quem gosta de vinho, tem que conhecer.
Mas ainda assim, R$ 180,00 é caro, pelo menos na minha avaliação de custo x benefício.
Fiquei sabendo que nesta semana, a Pericó conseguiu colher uvas a seis graus negativos e anunciou que teremos um Icewine 2011.
Gosta de coisas diferentes? Não deixe de conhecer o Icewine, mas tente esquecer a beterraba!

terça-feira, 21 de junho de 2011

Um ótimo. Outro nem tão ótimo assim!

Final de semana na praia. Friozinho e chuva. Ótimo cenário para degustar novos vinhos.

Pedi no twitter para os seguidores do @vinhosmisterio, se alguém tinha alguma dica para dar. Recebi da galera do @enotrip uma indicação e fui atrás do mesmo. Foi fácil de encontrar o Trapiche Broquel Bonarda 2007. No supermercado comprei por R$ 38,00. Um bom preço. O vinho é Argentino, produzido na cidade de Mendoza. A cor é bonita, um vermelho vibrante. No cheiro, um agradável aroma de frutas vermelhas. No sabor, uma ótima surpresa. Um vinho de fácil percepção de tons adocicados, levemente achocolatado e um pouco defumado. Um sabor longo e intenso. Um ótimo equilíbrio de taninos e acidez. Um vinho que deve agradar à muitos paladares, onde percebe-se uma boa qualidade. Por curiosidade, descobri que a palavra "Broquel" significa escudo e proteção a uma família.





O segundo vinho que abrimos foi um AGNVS Merlot 2007, produzido em Encruzilhada do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil. Ganhamos este vinho em um hotel que nos hospedamos em Gramado e ficamos curioso para provar principalmente pelo seu local de produção. Fazia tempo que eu não tinha uma experiência desagradável com um vinho, mas este infelizmente não permitiu uma boa experiência. O aroma do vinho não entrega nada. Seu sabor é curto e sem surpresas. Tem uma acidez um pouco acima do aceitável e o sabor chega a lembrar um suco de uva. É um vinho que não passa por madeira e talvez por isso não consiga evoluir na sua qualidade. Não chega a ser um vinho ruim, mas sua falta de entrega e qualidade deixa espaço para que a gente opte por outros rótulos, afinal, a variedade atual de vinhos à disposição não nos permite ficar tomando vinhos que não agrade, concorda?

domingo, 12 de junho de 2011

Thomas Hyland e Monte Velho

Embora não tenha tomado estes dois vinhos na mesma noite, estou escrevendo este post com estas duas positivas surpresas.

Começo pelo Australiano Thomas Hyland, Syrah 2004. Um vinho bonito na sua cor, uma aroma "normal"(sem grandes surpresas), mas com um sabor muito agradável. Leve como a maioria dos vinhos da uva Syrah, mas ao mesmo tempo saboroso. Provei na casa de amigos que viajarão e trouxeram de fora. Acredito que este vinho não seja tão fácil de encontrar aqui no Brasil. Eu nunca tinha visto. Uma novidade interessante. Percebe-se um sabor frutado, mas em uma boa dose, pois não chega a ficar exagerado e/ou adocicado, ficando um gosto provocativo no seu equilíbrio com os taninos.









O outro vinho que provei foi o Português Monte Velho. Este já fazia algum tempo que estava de olho, visto que vinhos Portugueses sempre foram meus preferidos. É um vinho da região do Alentejo, safra 2009, e apresentou uma excelente relação custo x benefício. Um vinho na faixa de R$ 60,00 no restaurante. É possível perceber um leve gosto de madeira e um pequeno sabor "defumado" que dá ao vinho um gosto diferente. Uma coisa interessante deste vinho, é que é facilmente encontrado em tamanho meia garrafa (375ml) em muitas cartas de vinho. O que as vezes, é um tamanho agradável para uma refeição mais curta ou com poucas pessoas.
Da Austrália à Portugal, ficam duas excelentes dicas!

domingo, 22 de maio de 2011

Entrevista: Vinhos da Campanha!*



Em Porto Alegre, o Bairro Floresta foi o local escolhido para a apresentação de 10 das 16 vinícolas existentes hoje na região da Campanha, no último dia 17. No excelente evento, organizado pela enóloga Maria Amélia Duarte Flores,, da Vinho  e Arte, na churrascaria Na Brasa, foram degustados os produtos das vinícolas Almaden, Cordilheira de Santana, Dunamis, Guatambu, Fortaleza do Seival, Santa Colina, Routhier & Darricarrère, Don Pedrito, Campos de Cima e Peruzzo. A qualidade dos vinhos dessa nova fronteira do vinho brasileiro chamou a atenção do elevado número de profissionais do ramo que compareceram à apresentação. Para falar mais sobre essa nova realidade do vinho nacional, entrevistamos a enóloga Gabriela Potter, da Vinícola Guatambu:

Vinhos Sem Mistério -  Como surgiu a visão da indústria vinífera na região?



Gabriela - O potencial da região da Campanha para produção de vinhos foi identificado na década de 1940, quando o professor norte-americano Harold Olmos, da Universidade de Davis, da Califórnia (USA), veio à região e mostrou que ela era uma das melhores para o cultivo de viníferas nobres do mundo. Na década de 1970, estudos mais detalhados, referenciados pela mesma universidade de Davis, mas com participação de técnicos brasileiros do Instituto Agronômico de Pelotas (RS) e da Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul , comprovaram que a Campanha tem características de clima e solo muito adequadas à vitivinicultura, e deram as bases para experiências do grupo multinacional National Distillers, em Livramento, onde eles fundaram a Almaden, em 1973.
Vinhos Sem Mistério - A campanha gaúcha é a nova Califórnia no mundo do vinho?
Gabriela -      A Campanha Gaúcha será a nova Califórnia no mundo dos vinhos num futuro próximo, de aproximadamente 5 anos. Muitas vinícolas estão investindo e se desenvolvendo na região. O enoturismo também será alavancado. A Guatambu Estância do Vinho, por exemplo, será inaugurada em 2012 com área construída de 2.900m², com uma grande área voltada ao turismo, como espaço gourmet, auditório e museu. Pretendemos mostrar ao apreciador de vinhos a cultura do pampa gaúcho também.
A região apresenta déficit hídrico no verão e alta insolação, justamente durante o período da maturação das uvas, favorecendo a acumulação de açúcar nos frutos e a maturação dos polifenóis, resultando em maior qualidade nos vinhos. O clima apresenta amplitude térmica (diferença entre a temperatura do dia e a da noite) superior a 12° C, fator importante para a boa maturação da uva. Está situada no Paralelo 31, o mesmo no qual, em outras regiões do Hemisfério Sul, se elabora alguns dos grandes vinhos: Santiago, no Chile; Mendoza,na Argentina; Stellenbosch, na África do Sul; e Nova Gales do Sul, na Austrália.

Vinhos Sem Mistério - Qual o diferencial mercadológico dos nossos vinhos? 

Gabriela -     Assim como é o povo brasileiro (miscigenado, alegre e descontraído), nossos vinhos expressam toda esta diversidade: produzimos vinhos nos diferentes climas que nosso país possui: desde o Vale do São Francisco, no Nordeste, onde o clima é tropical, não havendo frio, passando pela região serrana de Santa Catarina e a tradicional Serra Gaúcha, até a região da Campanha, com seu clima espetacular para vinhos finos, como já falei anteriormente. Na minha opinião, o diferencial mercadológico dos nossos vinhos será justamente esta diversidade e também o fato de produzirmos vinhos mais frutados e fáceis de beber, descomplicados.

Vinhos Sem Mistério - Na competição com importados, há um conceito de que somos bons em espumantes e vinhos brancos mas  não em tintos. Como você analisa isso?

Gabriela -     Esta cultura foi estabelecida no passado, mas atualmente as vinícolas brasileiras estão sabendo explorar melhor cada terroir e investindo muito em tecnologia e conhecimento, e o resultado destas grandes melhorias já está sendo reconhecido, através de várias premiações internacionais que os vinhos brasileiros vem conquistando. A Serra Gaúcha descobriu e consolidou a sua vocação para espumantes, pois devido ao clima úmido, este é o melhor produto que a região pode expressar. Com relação aos vinhos tintos, a Campanha Gaúcha apresenta o clima ideal para as uvas tintas, que apresentam ciclo mais longo que as brancas, permitindo que elas sejam colhidas com a maturação completa. Por isso nossa região está produzindo grandes vinhos tintos, macios e encorpados, sejam eles mais frutados ou mais amadeirados. Os conhecedores do mundo do vinho já sabem disso, agora o maior desafio é massificar esta imagem, que leva algum tempo, mas chegaremos lá e surpreenderemos.

Na foto, da esquerda para direita: Isadora, Nara e Gabriela, proprietárias da Guatambu.



*Este texto foi escrito por Paulo Renato Rodrigues, Economista e Blogueiro do ZH Moinhos.

sábado, 14 de maio de 2011

Descobrindo o Maycas del Limari

Na última noite, aconteceu algo interessante ao escolher um vinho na minha adega. Por infelicidade, não fotografei para mostrar aqui no blog, mas vale a pena o relato. Depois que escolhi a garrafa, cortei a cápsula em cima e notei que a rolha estava levemente saltada para fora. Isto é um indicador que o vinho pode não estar bom. Algo dentro dele provocou uma pressão (gás) maior do que o normal. E foi o que comprovei quando abri. Vinho amargo!!! Uma pena, afinal tratava-se de um vinho Francês, que acabou indo todo fora, pois realmente não tinha como beber.

Partindo para uma segunda escolha, resolvi abrir um vinho que eu havia comprado de curioso. O nome é Maycas del Limari, Chileno, Reserva Especial, safra 2008 da uva Syrah. A garrafa, de ombros "afeminados" já indicava que seria um vinho leve. A cor é intensa, um rubi escuro, típico de vinhos mais robustos como o Tannat, por exemplo. Mas o sabor super equilibrado e realmente leve. Também foi possível perceber que este Syrah era menos frutado que a maioria dos produzidos no Chile. Um sabor prolongado, que no final apresenta um toque de chocolate e gosto tostado.
O vinho é produzido em um vale chamado Valle del Limari, no nordeste de Santiago, próximo ao oceano pacífico, e no seu contra-rótulo vende a idéia da influência das brisas do oceano nas suas uvas. Realmente deve ser verdade, afinal, na minha opinião, foi o melhor Syrah Chileno que já tomei.

domingo, 8 de maio de 2011

Dois Montes: Alpha e das Servas!

Final de semana e o frio chegando! Um ótimo cenário para degustar bons vinhos!
Neste final de semana, tomei duas garrafas especiais. Ambas eu já conhecia mas ainda não tinha comentado aqui no blog.

O primeiro foi um Montes Alpha, Carmenére, 2008, Chileno. Este vinho foi apresentado para mim pelo meu amigo (e enófilo - apaixonado por vinho) Rafael. É um vinho da vinícula Montes, que é uma produtora super reconhecida, no mundo todo, e a uva Carmenére é a uma típica (e famosa) do Chile. Um vinho bem concentrado, com sabor longo, e um tom frutado leve o suficiente para se tornar um sabor super agradável. É um vinho caro no Brasil, mas a sua qualidade, tonalidade de cor, cheiro (bouquet) e profundo sabor compensam o seu preço. É um vinho que deve ser apreciado por quem já conhece vinhos, e que possa dar o devido valor.








Depois, para completar, provei uma meia garrafa de um vinho Português chamado Montes das Servas, Escolha, 2007, da região do Alentejo. A expressão "Escolha" para os Portugueses, é como a nossa expressão "Reserva", e este vinho foi produzido em uma das regiões mais famosas de Portugal, o Alentejo. É um corte das uvas Trincadeira, Aragonez e Touriga Nacional, todas as clássicas uvas deste país. Uma coisa interessante, é que quase todos os vinhos Portugueses possuem uma leve sensação de gás, o que torna o vinho diferente dos demais. É um vinho de sabor um pouco mais curto, mas ainda assim super agradável e equilibrado.
Do Chile à Portugal, fica a dica!

domingo, 1 de maio de 2011

Carmenére, a uva do casal!


A convite de um casal muito querido de amigos, o João Batista e a Angelita, fomos de forma repentina parar em um restaurante para uma janta descontraída de sexta-feira.
Já comentei outras vezes aqui neste blog, que a proposta dele não é falar de restaurantes. Porém, toda vez que o restaurante acaba sendo muito surpreendente e envolvente na temática do vinho, sou obrigado a citar!
Digo isto, pois fomos mais uma vez na Vinum, que já escrevi uma vez sobre este fantástico lugar (http://vinhossemmisterio.blogspot.com/2011/01/buffet-de-vinhos.html).

Fui o primeiro a chegar no restaurante e tive uma grata surpresa. Estava acontecendo um evento de degustação e como conheço o pessoal da casa, fui convidado para me juntar com a “turma” e conhecer os vinhos da vinícula Campos de Cima. Para começar, trata-se de uma vinícula da cidade de Itaqui, do interior do RS, próximo a fronteira com a Argentina. Experimentei alguns vinhos e destaca-se o Ruby Cabernet 2008. Esta é uma uva difícil de ser encontrada, é fruto de uma combinação da Cabernet Sauvignon com a Carignan. A surpresa foi muito positiva. O vinho é agradável, muito equilibrado e com um destaque especial para seu buquet e sua coloração. Depois pude provar o Tannat deles, que considerei muito melhor do que a grande maioria dos Tannats que já tomei. Não sabia que o Brasil estava produzindo bons vinhos desta uva. Não conhecia a região e menos ainda a vinícula. Valeu a pena esta descoberta. Em breve terá venda on line!
A segunda boa surpresa foi que conhecemos um novo casal, que acompanharam os amigos que nos fizeram o convite, o Sérgio e a Mari. Assim, formamos um time de seis apaixonados por vinhos e começaria ali um excelente rodízio de vinhos!

Começamos a nossa rodada de vinhos com uma célèbre frase do JB, que definiu que o vinho de uva carmenére é o “vinho do casal”. Ele definiu assim, pois a carmenére agrada aos paladares femininos e também aos masculinos. Uma boa definição! Um brinde à frase e seguimos em frente!
Também por indicação do JB, conheci o Domaine Conté, obviamente Carmenére, safra 2008. Um vinho Chileno, do Valle Cachapoal. Boa frase, e bom vinho! De fato harmonizou super bem com as entradas e com o nosso bate papo. Abriu os nossos sentidos para o vinho e todos na mesa concordaram que se tratava de uma excelente escolha. Não lembro ao certo o preço, mas era algo na faixa de R$ 60,00, isto no restaurate. Um vinho produzido em um vale bem famoso no Chile, que possui grandes vinículas, como a Santa Ema que falaremos mais abaixo.. É um vinho com uma acidez um pouco mais amena que o padrão do Chile, e por isso nos agradou tanto. O sabor é bom e longo, levemente frutado e uma presença bem equilibrada da presença dos taninos. Um vinho leve, mesmo tendo quase 14% de álcool.






O segundo vinho foi o Perpetuum Premium, Malbec 2008. Também um ótimo vinho, principalmente por ser um Malbec de uma forma não tão agrassiva ao nosso paladar, como é possível encontrar facilmente na Argentina. Este vinho também é Argentino, de Mendoza e foi o vinho que escolhemos para harmonizar com os pratos. Mas não vou falar muito dele, pois o post de hoje é uma homenagem ao Carmenére, o vinho do casal!








Para fechar, e esticar a nossa conversa, voltamos para o Carmenére. Desta vez foi uma indicação do sommelier. Chegou na nossa mesa o Santa Ema, Chileno, Reserva Carmenére Barrel Select 2007. Para começar, nos explicaram que este vinho tem uma espécie de lenda. Dizem que após o segundo gole, devemos fazer um pedido, e ele se realizará! Não acredito nas bruxas, mas como elas existem, resolvi também fazer o meu pedido: continuar tomando bons vinhos com bons amigos por muitos e muitos anos! Não sei se era porque já estávamos com um certo nível de álcool no sangue, mas gostei muito deste vinho, que é composto por uma bonita tonalidade da cor ruby, um bom aroma e um final frutado que deixa um ótimo gosto na boca.
Encerramos a noite! Um brined aos vinhos! Um brinde aos amigos!

sábado, 30 de abril de 2011

Degustando o Maderos em José Ignácio


Sempre defendi aqui no blog que vinho não é apenas a bebida em si. Um bom vinho precisa estar acompanhado de um bom lugar, uma boa energia e boas pessoas. Com certeza um ambiente favorece qualquer vinho a ficar muito mais saboroso.
Eu e minha esposa somos fã de Punta Del Este (Uruguai) e região. Nesta páscoa resolvemos ir para José Ignácio, uma cidade extremamente charmosa e 20km próximo de Punta. A proposta foi de tirar alguns dias de total silêncio, cheiro de grama, luau, uma boa música, barulho de lenha queimando e é claro, bons vinhos. Toda vez que fomos para o Uruguai, tivemos a grata felicidade de provarmos bons vinhos. E desta vez não foi diferente.
Porém, ao contrário de outras viagens, vou postar aqui somente um vinho que experimentei neste último feriadão.
Seguindo a sugestão de outros blogueiros, fomos juntar na beira de praia de José Ignácio, em um restaurante chamado La Huella e fica literalmente na areia. Uma noite fria, de lua cheia e céu estrelado. Ambiente extremamente agradável.
Como dito antes, em uma situação destas, muitos vinhos seriam maravilhosos. Mas ainda assim, resolvemos conversar com o sommelier da casa e pegar alguma dica. Fazíamos questão que fosse um vinho Uruguai, para ficar no clima da viagem.

E foi desta forma que fomos apresentados ao Maderos, da Bodega Los Cerros de San Juan. Eu havia comentado com o sommelier que não costumamos gostar de vinhos muito “pegados”, ou encorpados como prefere dizer os mais entendidos. Somos fãs de vinhos mais leves. O Uruguai é internacionalmente conhecido pelos vinhos de uva Tannat, mas queríamos justamente conhecer algo novo e mais leve. A garrafa que tomamos do Maderos era de uva Pinot Noir, uma das uvas favoritas no nosso gosto. Safra 2006. Que vinho bom!!! Pagamos, no restaurante, o valor de R$ 45,00 e a relação custo benefício foi ótima. Vinho super equilibrado de acidez, gosto longo, sem excesso de carvalho e aquele gostinho no final que é típico dos Uruguais (amaderado, mas levemente florado).
Se for a Punta del Este, não deixe de visitar José Ignácio. Se for a José Ignácio, não deixe de jantar no La Huella. Se for no La Huella, não deixe de tomar o Maderos!

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Degustação de Nieto Senetiner*



A importadora Porto a Porto deu mais uma demonstração de competência no mundo do vinho, ao promover, na última sexta-feira, 15,  a apresentação dos vinhos da Bodega Nieto Senetiner. O evento realizado no restaurante argentino La Pampa contou com as presenças de Pedro Correa de Oliveira – diretor da Porto a Porto – Roberto Gonzáles – enólogo da Nieto  –, Tommy Hughes – diretor da Nieto -  além de clientes e  jornalistas.


Foram apresentados os vinhos Cadus Syrah 2002 e Cadus Malbec 2008



Bodegas Nieto Senetiner apresenta a linha CADUS 


O nascimento da marca de vinhos CADUS remonta ao ano de 1995, momento em que os vinhos super concentrados da Toscana causaram verdadeiro furor no mundo, devido denominação super toscanosNa Bodegas Nieto Senetiner, de reconhecida descendência italiana, este modelo foi aplicado com o suporte de Alberto Antonini, enólogo e consultor internacional italiano, que sei uniu à equipe dirigida por Roberto Gonzáles (enólogo chefe) e Tommy Hughes (diretor agrônomo) que estiveram em Porto Alegre para a apresentação da linha Cadus na última sexta-feira. O encontro aconteceu no restaurante La Pampa e contou com a presença de Pedro Corrêa de Oliveira, diretor da Porto a Porto. 


Cadus significa vasilha em latim, elemento utilizado na antiguidade para guardar pequenas parcelas de vinho. Em sua colheita de estreia, em 1999, Cadus soube se posicionar nos mais relevantes pedestais do mundo do vinho, ao ser considerado Revelação do Novo Estilo de Vinho na Argentina, crítica relevante assinada pela Master of Wine do mundo vitivinícola europeu, Jancis Robinson.


Por todos estes motivos, a linha Cadus representa a elegância e sofisticação de vinhos tranquilos e espumantes da Bodegas Nieto Senetiner. Indicado para amantes de vinhos, que possuem paladar exigente, Cadus valoriza a trajetória da vinícola e posiciona-se como um clássico, repleto de personalidade.

O chef Ricardo Sabbado do restaurante La Pampa preparou um cardápio especialmente para o evento que contou como Entrada: Mesclun de folhas da estação com lâminas de damascos e castanhas de caju. Bastonetes de palmito pupunha em redução de aceto balsâmico. Harmonizado com Espumante Nieto Senetiner Brut Nature; 





Primeiro Prato: Conchiglioni recheado com mousseline de presunto parma ao molho cremoso de gruyére. Harmonizado com vinhos Cadus Syrah 2002 e Cadus Malbec 2008; Prato Principal: Entrecot de angus argentino com risotto de funghi porcini ao molho de mostarda ancienne harmonizado com os vinhos: Cadus Malbec 2007 e Grand Vin Cadus 2008. 


De sobremesa: Crepe de doce de leite com vinho licoroso também da Nieto Senetiner: Don Nicanor colheita tardia. 






Sobre a linha Cadus Single Vineyard
Primeira colheita: 1996
Potencial de Guarda: 10 anos
Variedades: Malbec (todos os anos), Cabernet Sauvignon e Syrah (quando a qualidade das uvas permite).
Prêmios: Decanter World Wine Awards 2008: Gold Medal (Trophy) - Cadus Malbec 2004 | Argentina World Wine Awards 2008: Gold Medal - Cadus Malbec 2004.
Pontuações:
Robert Parker - Wine Advocate: 92 pontos Malbec 2006.
Robert Parker - Wine Advocate: 92 pontos - Malbec 2004.
Wine Enthusiast: 90 points - Cabernet Sauvignon 2003; 92 pontos - Malbec 2002; 91 pontos - Syrah 2002; 92 pontos - Malbec 2000 Estiba 39.
Wine News: 91 pontos - Malbec 2000.
Wine Spectator: 91 pontos Malbec 2004; 90 pontos - Malbec 2002.
Stephen Tanzer - International Wine Cellar: 91 pontos - Cabernet Sauvignon 2003; 90 pontos - Malbec 2000 Estiba 39; 92 pontos - Cabernet Sauvignon 2002.

*Este texto foi escrito por Paulo Renato Rodrigues, Economista e Blogueiro do ZH Moinhos.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Pesquisa impressionante!

Recebi esta pesquisa do meu amigo Marcelo Santos e resolvi compartilhar aqui no blog!


Vinhos mais baratos podem ter o mesmo efeito em termos de paladar que garrafas mais caras, segundo um estudo britânico.

No total, 578 pessoas participaram de uma degustação às cegas durante o Festival de Ciência de Edimburgo, na Escócia, e só na metade dos casos conseguiram identificar quais eram os vinhos caros e quais eram os mais baratos.
Eles experimentaram diversas variedades de vinhos tintos e brancos com preços menores que 5 libras (R$13) e outras safras consideradas superiores vendidas a preços entre 10 e 30 libras (R$ 26 e R$ 78). Na degustação, também havia garrafas de champagne de 17 libras (R$ 44) e de 30 libras (R$ 78).
Os participantes tinham de dizer, então, quais eram os vinhos baratos e quais eram os caros. Mesmo sem saber a resposta, eles teriam 50% de chance de acertar. E foi exatamente isso o que aconteceu.
A conclusão, para os pesquisadores da Universidade de Hertfordshire, é que muita gente não consegue distinguir os vinhos pelo paladar e pode estar pagando mais caro apenas pelo rótulo.
"Estes resultados são impressionantes. As pessoas não conseguiram notar a diferença entre vinhos caros e baratos, então nesse momento de dificuldades financeiras a mensagem é clara: os vinhos baratos que testamos tinham um gosto tão bom quanto as garrafas caras", disse o psicólogo Richard Wiseman, que conduziu o estudo.


É por este motivo, que eu sempre recomendo que só gaste com vinhos caros, quando conseguir dar o devido valor!

terça-feira, 29 de março de 2011

SC também produz vinhos!

Faz horas que eu estava de olho nos vinhos da serra de Santa Catarina, especialmente de São Joaquim. Já havia lido muito sobre a qualidade dos vinhos daquela região. O que mais me chamou a atenção foi o Ice Wine da Pericó. O primeiro vinho brasileiro feito de uvas congeladas (naturalmente). Porém, ainda não encontrei este vinho no mercado e portanto, ainda não pude provar.
Mas, para uma grata surpresa, fui jantar em um restaurante e encontrei na carta de vinhos a linha desta vinícula (Pericó) e como o prato era peixe, optei por conhecer o vinho rosé deles. Sou um pouco suspeito, quem acompanha aqui o blog, sabe que sou um fã deste tipo de vinho. Justamente por já ter tomado muitos diferentes rótulos de vinhos rosés, posso me dar o direito de comparar e distinguir aqueles que são especiais, com maior qualidade.
E desta vez, o vinho nacional surpreendeu. Não esperava um vinho rosé de tanta qualidade. Saboroso, frutado na medida certa, leve e com longo gosto. O cheiro na taça já chama atenção. No gosto, um sabor condizente com o aroma (o que não é tão comum em vinhos brancos e rosés). Um vinho de uma ótima relação custo benefício (cerca de R$ 50,00 na carta do restaurante), e servido bem gelado é super harmonizante com comidas leves.
Mais uma ótima dica, made in Brazil.

sábado, 12 de março de 2011

Drink com vinho: Pierrot!

Convidei o meu amigo Rafael Rodrigues para escrever um texto aqui para o blog. A idéia foi apresentar uma sugestão de drink que usasse vinho como ingrediente. E foi isto, que mais uma vez, ele fez brilhantemente.
Rafael é bartender do Diversitá Bistro, em SP, presta consultoria para alguns bares e é gestor do blog Dicas de Bar (http://www.rafaelbar.blogspot.com).
Abaixo segue uma boa dica, um drink chamado Pierrot, que Rafael montou especialmente para nós, apaixonados por vinhos e derivados.

Segue abaixo as próprias palavras do bartender convidado:
"Estou aqui hoje para fazer um coquetel a base de vinho para o carnaval, quando o Vinhos Sem Mistérios me convidou para este lisonjeira tarefa, só me veio um vinho para trabalhar, o espumante, pois na coquetelaria clássica utiliza-se muito deste vinho em coquetéis, entre muitos cito o Beline e o Kir Royal que me serviram de base para criar o Pierrot, que segue abaixo:

Pierrot

10 ml Cointreau
30 ml Suco de Cranberry
Completar com Espumante Moscatel
Montado
Taça Flute

Numa taça Flute gelada coloque o licor e o suco, ambos gelado, e adicione lentamente o espumante também gelado, mexa levemente e sirva em seguida.

Saúde!!!"

quinta-feira, 10 de março de 2011

Vinhos Franceses são caros?*


Vinho francês é caro? Não necessariamente, responde o enólogo Jean Jaques Dubourdeiu (foto abaixo), filho do grande mestre da enologia francesa, Denis Dubourdeiu, convidado da Importadora Porto a Porto para um bate-papo e degustação de alguns produtos da Denis Dubourdieu Domaines, no último dia 01 de março, na sede da maior importadora de vinhos do sul do país, no DC Navegantes. Ele enfatiza o fator diferencial dos vinhos franceses, especialmente os de Bordeaux, uma região privilegiada de solo calcário de pouca profundidade e excelente permeabilidade. Ainda que hoje a Inglaterra e a Bélgica sejam os maiores mercados mundiais, Jean destacou que o Brasil é “a bola da vez” do cenário mundial de vinhos, juntamente com a China, pela pujança de suas economias.
Na foto abaixo, os vinhos degustados no evento, com destaques para o Château Cantegril Sauternes e o Le Clos de Reynon, este último o mais recente  lançamento da vinícola francesa. Os vinhos apresentados, com exceção do Sauternes,  tem um custo médio em torno de R$ 60,00.

*Este texto foi escrito por Paulo Renato Rodrigues, Economista e Blogueiro do ZH Moinhos.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Vinho Francês e… sorvete!


Final de semana na praia e ao invés de sol, chuva! A solução é improvisar e mudar a programação. Resolvi partir para a cozinha e fazer um filé recheado, que estava sensasional. Mas como este blog é sobre vinho, e o meu file não levava vinho como ingrediente, vou deixar para comenta-lo apenas com os curiosos!
Meu pai era o nosso convidado e trouxe um vinho para harmonizar. E não era qualquer vinho, e sim um Francês, meu país preferido na produção desta bebida. Eu não conhecia o vinho, mas só o fato de ser um vinho que veio direto de Paris, trazido na mala, já tem outro astral e merece respeito!
O vinho chama-se Aegerter, 2008, Syrah, com selo DOC.
Devido ao calor, optamos por quebrar certas etiquetas e aprecia-lo em temperaturas mais baixas. Logo pela cor, percebi que era um vinho leve. Sua cor fica entre um clássico tinto e um rosé. No sabor, se confirmou um ótimo vinho, e mais uma vez os Franceses confirmaram porque são meus favoritos. O vinho harmonizou super bem com o filé e mesmo gelado, manteve toda sua energia de bom vinho. Leve e com baixa acidez, exatamente como me agrada. Isto tudo sem perder a presença dos taninos (gosto de carvalho). Apenas apresentou-se um vinho de sabor mais curto do que alguns Franceses que admiro, mas ainda assim, foi um ótimo vinho. Não faço idéia de quanto custa, mas é com certeza mais um vinho para ficar na lista daqueles que precisamos provar!

O mais interessante se desenrolou depois. Antes da janta, já havíamos tomado espumante como aperitivo. No final da janta estávamos todos levemente “passados” no álcool. Como sobremesa, servimos sorvete e foi então que meu pai resolveu quebrar todos os protocolos do vinho e misturar este maravilhoso vinho Francês com o sorvete! Meu Deus! Achei que meu pai estava louco.
Mas sabe de uma coisa? Não é que ficou bom mesmo!!!! Visualmente não ficou muito atraente, mas o sabor ficou ótimo! Ficamos com desejo de aprimorar a proposta de combinação. Não sei se precisava ser um Francês, mas a idéia de colocar um pouco de vinho no sorvete foi surpreendentemente positiva.
Isto sim que é beber vinho tinto gelado!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Chef por um dia: Rigatoni com ragu ao vinho

Fazia tempo que eu não preparava uma comida que levasse vinho como um dos ingredientes. Pesquisei algumas coisas na internet e resolvi partir para a cozinha.
Antes de dar a receita em si, vale um comentário. Por favor, sempre que for fazer uma comida à base de vinho, não utilize vinho de má qualidade. Preze sempre por um vinho que lhe agrade, mesmo que seja para cozinhar! Pensando nisto, abri um clássico Chileno, o Casillero del Diablo, Reserva Privado, safra 2005, das uvas Syrah e Cabernet Sauvignon. O vinho pertence à bodega Concha Y Toro, e costuma ser um vinho "porta de entrada" para muitos apreciadores. O preço é bom, e a entrega é boa. Não é um grande vinho, mas não podemos desprezar, principalmente quando se trata de um Reserva Privado de 6 anos.
Abri o vinho, separei a dose necessária para a massa e começamos a beber!



Bom... vamos ao prato.

Ingredientes:
1 pacote de macarrão rigatoni
300g de carne moída
400g de tomates sem sementes
2 colheres (sopa) de manteiga
1 copo de vinho tinto
2 colheres de sopa de conhaque
1 cebola picada
1 talo de alho poró
Cebolinha
Sal e pimenta à gosto
Queijo parmesão ralado

Modo de preparo:
Refogar a cebola na manteiga, em fogo mais baixo possível, de forma a deixar a cebola pastosa. Acrescentar o alho poró picado, a carne temperada com sal e pimenta, e esperar ferver até evaporar o líquido. Banhar com conhaque e deixar evaporar. Juntar os tomates passados no liquidificador e o vinho. Cozinhar em fogo brando por 40 minutos. Ferver o rigatoni em água salgada. Quando estiver al dente, escorrer e juntar com o molho. Polvilhar com queijo ralado e cebolinha picada.



Fácil, bonito, saboroso!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Beaujolais `a mesa!



Já havia tomado este vinho há algum tempo atrás. Na época, guardei o rótulo para tentar encontra-lo novamente. Sou fã de vinhos Franceses, mas este se destacou nas minhas experiências.
Em recente viagem à Rio Branco, onde é possível comprar vinhos por preços muito menores, encontrei por lá o antigo rótulo guardado em minha memória.  Trata-se do Grand Vin Du Beaujolais, 2009. Os Franceses não tem o hábito de apresentar no rótulo qual o tipo de uva, mas sem a origem. Este é produzido na região famosa de Bourgogne, no sudeste da França. Em específico onde fica esta vinícula, é a região considerada a melhor região gastronômica do país.
Ao abrir a garrafa, confirmei que é um vinho que harmoniza super bem com diversas comidas. Um vinho leve, frutado, sem grandes compromissos. Sabor um pouco curto, mas de qualidade. Como estava muito calor, resolvemos deixar ele levemente gelado, e o vinho se saiu muito bem!
Comprando em zonas francas, vale muito. Paguei em Rio Branco o valor aproximado de R$ 15,00. No Brasil, estava garrafa deve estar custando na faixa de R$ 35,00 em lojas, e por volta dos R$ 60,00 em restaurantes.
Um vinho que não foi feito para ficar degustando por horas, devido a sua entrega um pouco mais simples. Mas, se sua idéia foi um vinho fácil, leve, sem compromissos, para agradar à todos, não deixe de provar este Francês. Dentro desta proposta, é sem dúvida, um dos melhores que já tomei!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Uma noite pra lá de Sexy!


Ainda tenho alguns vinhos em estoque da última viagem que fiz para Portugal. Um deles me chamou muito a atenção, tanto pelo nome, quanto pelo rótulo. O vinho chama-se Sexy, e o rótulo é um rosa pink super chamativo. Um corte 2008, composto das uvas Cabernet-Sauvignon, Syrah, Aragonez e Touriga Nacional.
O legal do vinho, é que ele está diretamente ligado com uma das funções que o vinho pode propiciar para os casais que usufruem desta bebida: a libido. O nome já é provocativo.
O seu sabor é bom… Uma mistura de muitas uvas e isso acaba descaracterizando uma em específico. Mesmo assim, é bom! Um pouco curto, o que gera uma vontade de beber mais para continuar provando. Tem uma presença um pouco mais marcante da presença dos taninos (aquele gosto do carvalho). Como o vinho estava com um sabor acentuado da presença de álcool, preferimos deixar ele respirando por alguns minutos, o que realmente deixou ele melhor depois. Não vi este vinho para vender no Brasil, mas se encontrasse, compraria. Não achei ele excelente, mas gostei!
Beba o vinho apenas à dois… entre no clima do nome do vinho… e o resto é com você!

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Você conhece a região Chablis?

Não resisti e voltei no restaurante do post anterior.
Porém, desta vez não vou comentar toda a sequencia de vinhos que provei, vou dar uma atenção em um vinho em específico. Provei o Jean-Marc Brocard, 2008, branco, Chablis, 100% Chardonnay, Francês.
Comecei a gostar de vinho branco há pouco tempo, por isso, meu conhecimento ainda é menor do que sobre os vinhos tintos e rosés. A uva Chardonnay é para os brancos, assim como o Cabernet é para os vinhos tintos. É praticamente a mãe dos vinhos brancos. Se é Chardonnay, deve será ser boa! Mas ainda assim, descobri nesta noite uma novidade: uma região na França chamada Chablis, de onde saem os melhores vinhos brancos do mundo. Hoje, o nome Chablis só pode ser usado por vinículas desta região, pois houve uma época que muitos vinhos brancos ao redor do mundo utilizaram esta expressão. Chablis faz parte de Borgonha, perto da região do Champagne. Existem quatro tipos de Chablis que, em hierarquia crescente são: Petit Chablis, Chablis, Chablis Premier Cru e Chablis Grand Cru. No meu caso, provei o "apenas" Chablis, que são os mais populares. E o vinho realmente impressionou pela alta qualidade, riquíssimo em perfumes com um sabor levemente adocicado com final longo e intenso. Foi uma ótima bebida de entrada, pois estava quente e tomamos o vinho gelado. A cor é brilhante e o sabor realmente permanece um bom tempo na boca. Foi sem dúvida a melhor experiência com vinho branco até hoje!
Eu já era fã dos vinhos Franceses tintos, agora também serei dos vinhos brancos.
Não esqueça: Chablis!

sábado, 22 de janeiro de 2011

"Buffet" de vinhos!

A proposta deste blog nunca foi falar sobre restaurantes. Mas hoje, terei que quebrar este protocolo, afinal desta vez me senti obrigado a comentar sobre um lugar que conheci, principalmente depois de saber que a minha cidade havia sido presenteada com este tipo de proposta.
Estava sem saber onde ir e resolvi dar uma olhada nas dicas de um blog que adoro, o Destemperados (www.destemperados.com.br). Logo que vi a sugestão do Vinum Wine Bar, não sobrou alternativas, afinal outras pessoas já haviam me indicado. Um bar especial para amantes do vinho, em Porto Alegre! Fomos direto para lá.


O lugar é um espaço composto com loja de vinhos (que já existia antes, em outro endereço) com um charmoso restaurante. Isto por si só, abre um leque enorme de possibilidades de vinhos para harmonizar com os pratos, que por sinal, também são excelentes. O atendimento é nota 10. Mas o grande charme do lugar é uma máquina que existem poucas no Brasil e é a única da região sul. Não lembro o nome da máquina, mas isto agora não vem ao caso. É uma máquina que permite a conservação do vinho, mesmo que aberto, mantendo todas as suas propriedades. Mas o mais interessante, é que por este motivo, a máquina permite a venda de doses (25, 75 e 150ml) das garrafas que ali se encontram Ou seja, você tem à disposição praticamente um buffet de vinhos. Você pode ir tomando um vinho, depois outro tipo, depois outro e assim por diante. É possível experimentar todas as diferenças de um vinho para outro. Além disto, também é a oportunidade de você provar um vinho muito caro, em pequena dose e saber se vale mesmo a pena. E por fim, outra vantagem é que cada um na mesa pode tomar o vinho que mais lhe agrada. Sensacional a idéia!








Eu e minha esposa resolvemos experimentar alguns, em pequenas doses (no nosso caso provamos sempre 75ml). Começamos por um branco, Chardonnay, Francês. Os vinhos Franceses sempre estiveram na minha lista de favoritos e este branco confirmou a qualidade deste charmoso país. O vinho lembra uma espumante, sem gás! Leve e aromático. Uma ótima dica para harmonizar com os aperitivos iniciais. O vinho é da vinívula Roux Pere e Fils, com o nome Bourgogne, safra 2008. Como a maioria dos Franceses, este foi mais um vinho que costuma agradar à todos.








Resolvemos seguir as dicas do Sommelier (que por sinal foi extremamente atencioso) e fomos para vinhos diferentes, harmonizado com as nossas escolhas. Minha esposa pediu um risoto de camarão e seguiu no vinho branco. Passou para um Chileno, o Santa Ema, também Chardonnay, safra 2008. Foi muito legal perceber a diferença de terroair (terra onde a uva é desenvolvida). O Chileno pareceu mais "forte", não tão leve. O seu aroma é menos perfumado, mas o gosto muito bom. Harmoniza melhor com pratos, enquanto o anterior cai bem apenas o vinho e nada mais.










Como eu preferi comer uma carne vermelha (filé com alho poró), segui a sugestão do Sommelier e provei um Chileno tinto, safra 2008, Alba de Dommus. Um corte de Merlot, Carmenere e Cabernet Sauvignon. Confesso que o vinho não caiu tão bem para mim. Não gosto de sabores tão acentuados dos taninos, que passam aquela sensação de estar tomando o carvalho. E foi o que senti neste vinho. Não chegava a ser ruim, mas também não estavam naqueles que nos deixam sorrindo de prazer após ingerir!









Mas eu estava curioso mesmo era para provar outro.  Um Argentino chamado Carmelo Patti, Malbec 2006. É um vinho feito por uma bodega estilo boutique na Argentina, com produção em pequena escala. O Brasil importa apenas 5.000 garrafas por ano. Ou seja, você estar frente a frente com esta garrafa em território Brasileiro é coisa rara! Não poderia deixar de conhecer. O vinho é de extrema qualidade. O mesmo espírito da Skol... um vinho que desce redondo. Uma equilibrada harmonia entre taninos, acidez, sabor e bouquet. Um sabor longo, que permanece um bom tempo nos dando prazer... A cor é intensa, o que reforça a idéia de um vinho saboroso. Ótima dica!



Fica aí uma ótima dica em Porto Alegre, o Vinum Wine Bar.

Site da Vinum: www.vinum.com.br
Link do posto no Destemperados: http://www.destemperados.com.br/2010/12/20/vinum-wine-bar-and-good-food/

Estando em Porto Alegre, não deixe de conhecer!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Gran Tarapacá com "arejador"


O Gran Tarapacá já é um vinho velho nos meus hábitos de consumo. Fazia tempo que não bebia e resolvi abrir uma garrafa 2009 de um Reserva Cabernet Sauvignon. O vinho é muito bom, e uma ótima relação custo x benefício. É um vinho saboroso e com bons tons de carvalho, sem exageros. É possível perceber uma acentuada presença de taninos, fruto do tempo reservado em barril de carvalho. Não é muito meu estilo, mas mesmo assim considero o Gran Tarapacá bem equilibrado!

Porém, o mais legal deste vez foi experimentar um presente que ganhei da minha esposa. Não sei o nome técnico, mas ando chamando de "arejador". A função dele é acelerar a oxigenação do vinho, deixando mais rápido os efeitos que o vinho sofre quando deixamos por um tempo maior em um decantes. É um acessório colocado na ponta da garrafa que aumenta a presença de oxigênio ao servir o vinho na taça. Fizemos um teste simples. Servimos em uma taça o vinho recém aberto e na outra servimos o vinho usando o acessório. Minha esposa notou a diferença mais rápido do que eu. Mas conforme íamos degustando, foi possível perceber que a diferença era mesmo grande. No vinho "arejado" o seu sabor era mais agradável, com menor acidez percebida, o que gerava uma sensação inclusive de ser menos alcoólico. Muito interessante!

Um bom e tradicional vinho, com um moderno e eficaz acessório! Valeu a experiência!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

J.P. Chenet - desta vez Rosé

O vinho Francês J.P. Chenet foi um dos primeiros bons vinhos que comecei a gostar. Em uma viagem recente, descobri o J.P. Chenet Rosé, que eu nem sabia que existia. Comprei algumas garrafas e experimentei esta semana.
É um vinho Rosé, combinação das uvas Cinsault e Grenache, safra 2009. Eu sempre gostei de vinhos rosés no verão, bem gelados. Ao contrário do que muitos pensam, vinho rosé é uma questão de processo, e não é um vinho de "resto de uvas". Tem muito vinho rosé de alta qualidade.
Este desta vez já começou bem no visual. A cor é muito bonita. Um tom vermelho brilhante e claro. O sabor do vinho é super agradável. Um vinho super leve. Praticamente um aperitivo. Já tomei vinhos rosé que eram fortes, encorpados e com sabores intensos. O Frânces em questão desta vez é o oposto disto. Para alguns, deverá ser leve até demais.
Uma ótima combinação com praia, sol, mar, piscina... ao invés de uma espumante, prove este rosé!

domingo, 9 de janeiro de 2011

Direto de Mendoza: Tempus.


Neste final de semana fizemos uma janta na minha casa. Minha irmã e meu cunhado trouxeram um vinho de uma viagem que eles fizeram para a região de Mendoza, na Argentina. Trata-se do vinho Tempus, Malbec 2008, Rosé.
Um vinho bem diferente, para rosé. Sou um fã dos vinhos rosés para o verão, servido gelado. Mas este me surpreendeu. Na verdade, mais parece um vinho tinto, que servi gelado. Um sabor típico de vinho tinto Malbec, sem a suavidade (e um certo paladar doce) dos vinhos rosés. Não é ruim, pelo contrário, é um bom vinho. O que me surpreendeu é que eu não esperava este sabor em um vinho rosé, e sim de um vinho tinto.
Sempre acho muito interessante estas descobertas que o vinho nos permite. O Tempos é sem dúvida uma boa dica para quem curte as características do vinho tinto, mas que aprecia um vinho gelado!

sábado, 8 de janeiro de 2011

Na noite com Suzana!


Já fazia algum tempinho que não saíamos, de forma repentina, para uma janta bacana. Aquela que a gente escolhe um lugar legal, um bom prato e um bom vinho.
A noite estava muito agradável e para combinar com a carne que pedimos, resolvemos escolher um vinho que nos fascinou há um tempo atrás e fazia muito tempo que não tomávamos.
Trata-se do Argentino Suzana Balbo Crios. Os vinhos Rosés deles são ótimos. Mas nesta noite pedimos um tinto, Malbec, 2007.
O vinho é muito bom. A relação de preço dele também é ótima. Custa cerca de R$ 60,00 no restaurante (deve custar por volta dos R$ 35,00 no supermercado). Nesta época do ano (no Brasil), sempre gosto de beber o vinho levemente gelado. Sei que a etiqueta não recomenda isso, mas o que importa é o que me agrada, e no calor o vinho tinto para mim deve estar em temperaturas mais baixas. Meia hora em um balde com gelo já é o suficiente. E foi o que fizemos! O Malbec desceu muito bem. Excelente sabor, com um ótimo equilíbrio evidente entre as frutas vermelhas e a madeira.
Quem acompanha o blog sabe que não sou um apaixonado por vinhos Argentinos, mas com certeza não podemos deixar de provar as delícias da Suzana!