domingo, 29 de agosto de 2010

Na mesa com Cordelier

Por trabalhar com marketing, muitos produtos me atraem pelas embalagens, rótulos, design, e etc. E foi neste sentido que, faz tempo, ando de olho no Cordelier. Um vinho produzido na serra gaúcha (Bento Gonçalves) e a garrafa tem seu charme. A vinícula em si já me agradava pois é uma casa de pedra muito bonita de visitar. Mas a garrafa tem uma questão muito diferenciada. Ela é “decorada” com jato de areia, o que deixa ela com cara de envelhecida. O rótulo segue o mesmo clima e reforça esta imagem. Um vinho na faixa dos R$ 25,00 no varejo.

Mas estava mesmo era na hora de provar o conteúdo. O cardápio era um churrasco feito apenas com costela de porco, minha carne preferida. E a garrafa era de um Merlot 2007. Logo ao abrirmos a garrafa, sentimos um cheiro particular. O bouquet do vinho lembrava o cheiro de suco de uva colonial. O tom também era mais escuro que o normal. O sabor do vinho foi agradável. Ficou melhor depois de uns 20 minutos aberto, baixando a acidez e permitindo sentir um gosto típico de vinhos coloniais, que lembravam aquelas bebidas que provamos quando visitamos sítios e fazendas do interior.
Uma experiência legal para quem quer beber vinho parecendo estar com a boca no barril, no meio dos plantios de uva, no meio do nada, com a mente aberta e o cheiro de mato verde… Um pouco poético demais o que acabei de escrever, mas ainda assim, vale conhecer o vinho!

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

O espetáculo do Purple Angel

O post de hoje vai em homenagem ao meu amigo Rafael, que me apresentou sempre grandes vinhos. Mas foi justamente na casa dele que conheci o Purple Angel. Já faz algumas semanas que tive este privilégio, mas somente agora resolvi escrever a experiência.
Posso afirmar que está na lista do melhores vinhos que já provei até hoje. E tudo tem seu preço! Este é um vinho na faixa de R$ 180,00 aqui no Brasil, e por isso, muitos trazem ele de fora. O Purple Angel é um dos vinhos top da vinícula chilena Montes, que já produz excelentes vinhos como o Montes Alpha, o "M" e o Montes Folly.

Já era fim da noite quando o meu anfitrião resolveu compartilhar o diamante que ele possuía na adega. O rótulo já é charmoso, e a garrafa é levemente mais robusta e pesada que as demais. Experimentamos um 2006, Carmenére e Petit Verdot. Que espetáculo! Para aqueles que comigo estavam e não conheciam o vinho, uma excelente surpresa. Para aqueles que já conheciam, apenas um exercício de lembrança e homenagem ao prazer do vinho. O Purple Angel é um dos vinhos que mais entrega o seu sabor, na minha opinião. O paladar é extremamente longo, e mesmo depois de ingerido é possível observar todas as suas características. Pesquisando sobre o vinho, descobri que ele fica 18 meses de reserva em barris de carvalho francês, produzido com uvas plantadas nas encostas das montanhas do Chile.
Tá certo que o vinho é caro, mas se você já experimentou diversos vinhos considerados "premium", não deixe de provar o Purple Angel. Como diria meu avô, vale cada centavo!

domingo, 22 de agosto de 2010

Tannat estragado!

Domingo ensolarado, depois de um final de semana sem ter tido a oportunidade de tomar um vinho, resolvi abrir uma garrafa. Como iria tomar sozinho, escolhi uma garrafa mais simples, apenas para poder aproveitar melhor o churrasco que eu e minha esposa iríamos comer.
Optei por abrir um vinho uruguaio que havia comprado algumas semanas atrás no supermercado. É um vinho barato, na faixa de R$ 15,00 no varejo. Gosto de ter vinhos simples e baratos em casa justamente para estes momentos, onde o meu interesse é uma simples e curta experiência com a bebida.
Porém, desta vez, o escolhido permitiu uma experiência muito ruim. Não sei se o vinho é ruim mesmo, ou se estava estragado, mas meu palpite é para a segunda opção. O vinho era o Tannat Varietal 2005. O vinho já chama atenção pois ele vem com uma espécie de etiqueta presa na garrafa por um fita que é colada junto à rolha.
Logo que abri o vinho, percebi que não viria pela frente algo muito positivo. A rolha estava muito molhada (quase toda), além de rachada. Justamente por isso, era fácil quebra-la e sendo assim, com certeza já havia passado muito oxigênio para dentro da garrafa. Ao servir na taça, foi possível perceber pela cor que o vinho também não estava bom. A cor estava mais puxada para cor de terra (ou tijolo). Não tinha brilho, não lembrava uva e por instinto mesmo, é possível perceber que não é uma cor bonita. Confesso que o cheiro para mim estava ok. Não sei se ainda é a falta de conhecimento completo da minha parte, mas o cheiro não me incomodava. Resolvi provar o vinho, e... putz! Ruim mesmo! Azedo, amargo, gosto de vinagre! Não tinha como beber. Deixava um gosto na boca horrível, gosto metalizado.
Ok! Devo ter pego uma garrafa estragada! Tinha outra na minha adega e resolvi colocar fora a garrafa anterior e abrir uma nova. O que aconteceu? Tudo igual! Péssima experiência! Existe uma possibilidade do vinho ser ruim mesmo, mas prefiro acreditar que eu comprei um lote estragado. Como não guardei a nota, não tive o que fazer se não absorver o prejuízo. Por isso, já fica a dica: sempre que comprar um vinho caro, guarde a nota fiscal, você poderá precisar trocar!
Para não perder o almoço, acabei abrindo um Aurora especial, que é feito com uvas uruguaias que já escrevi aqui no blog anteriormente. Escolhi esta garrafa para não ficar apenas com má impressão do Uruguai, e desta vez a experiência foi boa!
Segue abaixo as fotos para ser analisado a rolha e a cor do vinho. Quando ver algo parecido com isso, cuidado! Você poderá estar iniciando uma má experiência com esta bebida tão empolgante!


Finca Pardina e Hacienda del Rey

Nesta semana que passou, foi dia de Confraria. Um pequeno grupo de amigos que se encontra para degustar vinhos e conversar sobre negócios e mercado. Muito interessante, pois cria o clima ideal para debater os prazeres e as diferenças dos vinhos. Temos mais de um ano de Confraria e já provamos muitos tipos de vinhos.

Porém, nesta semana resolvemos provar o Finca Pardina. Um espanhol difícil de ser encontrado. Trata-se de um corte de Tempranillo, Cabernet Sauvignon e Syrah, safra de 2005. Muito bom o vinho! Muito mesmo! Fazia tempo que não provava um vinho tão alinhado com meu paladar. Um vinho extremamente leve, sabor intenso, baixa acidez, e com uma experiência longa. O vinho segue entregando mesmo depois de ingerido. Realmente muito bom. O preço dele no restaurante foi de R$ 75,00, e por isso imagino que é possível encontrar no varejo por uns R$ 50,00. No outro dia fui atrás para comprar, mas ainda não encontrei para venda. Vou procurar mais, pois vale a pena a experiência com este espanhol.
Depois, pedidos um chileno que agradou pelo nome, o Hacienda del Rey, 2009, Merlot. Não encontrei foto da garrafa para expor aqui, mas o vinho chama atenção pelo rótulo, que tem um tom nobre. Porém, a entrega do vinho já deixou um pouco a desejar. Embora tenha um bouquet (cheiro que percebemos dentro da taça) extremanente intenso e provocante, o sabor do vinho não é tão elevado. Não chega a ser um vinho ruim, até mesmo porque seu preço não é tão alto. Um vinho na faixa dos R$ 40,00 no restaurante. Mesmo assim, a experiência não é tão supreendente. O vinho é bom pois o sabor é característico de Merlot, porém, o seu sabor é curto, não tendo muitas novidades depois de ser ingerido. Talvez um dos motivos por esta baixa entrega seja justamente a sua idade, por se tratar de um vinho 2009, ele é muito novo e a uva Merlot pode ser usada para mais tempo de reserva. Mesmo assim, fica uma boa dica!
Mas na dúvida, não deixe de provar o Finca Pardina!

sábado, 14 de agosto de 2010

Mairena em Gramado


Sábado de frio, chuva e em Gramado. O almoço pediu um vinho! Estávamos em um grupo de trabalho, com cliente junto e decidimos pedir uma garrafa de vinho tinto e dividir entre todos, assim, daria apenas uma taça para cada um. Na medida!
A sommelier do restaurante indicou o Argentino Mairena, Malbec, 2005.
Foi possível perceber qualidade no vinho, mas a experiência para mim não foi das melhores. Achei o vinho ácido demais e com gosto intenso do carvalho. Um vinho que estava em promoção no restaurante por R$ 45,00 e na minha avaliação não valeu a pena. Tem muitos vinhos melhores na faixa de preço. Porém, é importante ressaltar que não sou parâmetro para avaliação de vinhos Argentinos, pois na sua maioria eu não gosto, justamente por acha-los "forte" demais, e o meu paladar é para vinhos mais leves.
Se você gosta de Argentinos e tem referências positivas de vinhos mais leves, me passe a dica!

Serrera del Pecado

Você sabe que está ficando velho quando você passa a ensinar para os seus pais, hábitos que você antigamente considerava de velho! E é isso que tem acontecido. Minha mãe nunca gostou de vinho, mas de um tempo pra cá, começou a gostar e dividir comigo a experiência por diferentes rótulos.

Recebi de presente um Argetino que ainda não conhhecia, o Serrera del Pecado, Malbec com Cabernet Sauvignon, safra 2007. E resolvi logo experimentar o presente. O vinho é bom. E como um bom Argentino, só poderia ser Malbec, que é a uva mais tradicional deste país. Não considero o vinho excelente, pois não se enquadra no tipo de vinho que mais agrada ao meu paladar. Prefiro vinhos mais leves, e este é um vinho mais "pegado". Por isso, resolvi deixar ele respirar por uns 30 minutos e depois fui provar novamente. Melhorou bastante. Foi possível perceber a qualidade do vinho, e a acidez tornou menos agressiva, prevalecendo um paladar sofisticado.
Um outro ponto que me chamou a atenção foi a rolha. Já é comum vinhos começarem a vir com rolhas que parecem uma derivação do plástico, algo sintético. Mas esta parecia mista. A rolha tem uma aparência muito próxima da cortiça, mas no toque percebe-se que não é. São noas opções de rolhas que surgem no mercado. O legal é ficar atento e perceber se influencia ou não nos nossos prazeres ao degustar os vinhos!

domingo, 8 de agosto de 2010

Riccadonna, Concha Y Toro, Aurora e Lapostolle Casa

Ontem, diante de mais uma noite fria e chuvosa, tive o privilégio de uma sequência de degustações de vinhos. O jantar era composto de três casais de amigos, e quando temos este número de pessoas a grande vantagem é poder abrir um número maior de garrafas e ter mais de uma experiência. E foi o que aconteceu ontem!
Para início, abrimos dois tipos de champagnhes, para os dois tipos de gostos. Uma Riccadonna, italiana, Asti, selo DOC (Denominação de Origem Controlada). Uma bebida doce, muito parecida com a Moscatel brasileira, porém com mais qualidade, sendo possível sentir o gosto da uva branca facilmente e tendo o gás dela de uma forma extremamente suave.

A outra que abrimos foi uma Concha Y Toro, chilena, Brut. Não é meu tipo preferido de champagnhe por isso tomei apenas um gole para provar. Percebe-se uma bebida de qualidade, mas por ser bastante seca, prefiro muito mais uma Asti ou uma Moscatel, e neste caso a concorrência era desleal, pois para mim a Riccadonna é simplesmente a melhor champagnhe que já tomei. Pena mesmo é que a Riccadonna é tão cara no Brasil, a garrafa custa cerca de R$ 70,00 enquanto a Concha Y Toro encontra-se pela metade do preço.
Para acompanhar o jantar, abrimos um vinho sugerido pelo meu amigo Rafael. Ele trouxe um vinho chamado Lapostolle Casa, um Carmenére 2008. Trata-se de uma vinícula chilena que vem crescendo. A proposta da vinícula é conseguir produzir um vinho com características de vinhos europeus (principalmente franceses) utilizando uvas chilenas. A uva carmenére é uma marca registrada do Chile, que se tornou conhecido mundialmente pelas excelentes produções desta uva. Deixamos o vinho respirando cerca de uma hora e servimos nas taças. Percebe-se logo no visual que trata-se de um vinho especial. A cor dele chama a atenção. Uma bor extremamente brilhante, um tom bonito da cor da uva. O paladar do vinho é extremamente agradável, suave, longo. O Rafael sugeriu que percebia chocolate no vinho. Confesso que ainda não cheguei neste patamar. O que importa é que o vinho foi excelente! Realmente lembrou a suavidade dos vinhos europeus. Para dar continuidade, resolvemos abrir um vinho um tanto quanto curioso. Trata-se de um Aurora. A vinícula é nacional, mas é um corte de uvas uruguaias. Este vinho não é mais produzido. Ou seja, quem tem, tem! É uma combinação de Tannat (típica do Uruguai) e Merlot, que deixa o vinho mais suave. Tenho três garrafas desta na minha adega e a idéia é ir tomando em momentos mais especiais. Por dois motivos básicos. Primeiro porque trata-se de um vinho de alta reserva, pois é 2000. E segundo porque é um vinho de herança que pegamos da adega do falecido avô da minha esposa.

Deixamos o vinho respirando uns 30 minutos e servimos. A cor do vinho não é tão convidativo. Cor escura, levemente puxando para tons de terra, o que geralmente já denuncia uma má qualidade do vinho. Pelo seu tempo de reserva, foi possível sentir bem o sabor do carvalho e uma leve acidez, que não chegou a incomodar. Perdeu para o Lapostolle Casa, que demonstrou muito mais qualidade, mas mesmo assim surpreendeu na qualidade que se mostrou superior à muitos vinhos nacionais.
Encerramos o encontro satisfeitos com os novos vinhos experimentados!

sábado, 7 de agosto de 2010

Esporão, Trapiche e Casa Silva de sobremesa

Penso que vinho é como pai. Conforme o tempo passa, vamos cada vez mais, dando o devido valor. Quando jovens, custamos a perceber a importância que nossos pais tem na nossa vida. Um vinho bom é aquele amadurecido, que você guarda para os momentos especiais. Um filho, já independente, também é assim. Reserva um momento para o seu pai, um momento especial.
Pois bem… como gosto de sempre dar um toque “de diferente” em tudo que faço (ou pelo menos quando é possível), quebrei o protocolo de almoçar com meu pai no domingo e resolvi fazer uma janta agradável para ele já na sexta-feira (ontem). Eu e minha esposa recebemos o meu pai e a esposa dele. Um encontro apenas nós 4. Obviamente, no domingo vou me encontrar novamente com meu pai, mas aí sera com toda a família junto… E um jantar em clima “private” é sempre mais gostoso de saborear!
Eu sou um fã da gastronomia, e justamente por isso, gosto muito de cozinhar, principalmente em momentos especiais como este. Resolvi preparar um risoto pra lá de especial. Arroz arbóreo, diferentes tipos de cogumelos, tomates secos, alho poró e parmesão. Excelente! Um prato legal de cozinhar, bonito de servir e principalmente, muito saboroso. Já havíamos comido umas brusquetas de entrada que minha esposa havia feito, com uma caponata muito boa, e o risoto veio para completar o prazer.
Para acompanhar o risoto, abrimos uma garrafa de vinho que estava há tempos na minha adega e que era momento de desfruta-lo: o Esporão. Trata-se de um clássico vinho tinto português, da safra de 2003. Destes 7 anos de reserva, tem pelo menos 2 anos na minha adega, e isto foi o mais legal de poder provar ele. Além do tempo de reserva e da exclusividade do vinho, o Esporão ainda era desconhecido nas minhas experiências com vinhos, e estava aguardando um momento adequado para isso, e nada mais justo de que compartilhar com a presença de pessoas especiais!
O Esporão é um vinho da região de Alentejo, próximo a Lisboa, em Portugal. É um vinho clássico que representa a história do país na produção de vinhos. Além disto, foi eleito por diversas vezes o melhor vinho português.
É um vinho composto pelas uvas Trincadeira, Aragonês e a famosa Cabernet Sauvignon. Pelo seu tempo de reserva e pelas características das uvas deste corte, resolvi abrir a garrafa e deixar ela respirando por cerca de três hora antes da sua degustação. O vinho possui cor intesa (ou rubi intenso como diz os enólogos) e um aroma extremamente convidativo, onde é possível se perceber o envelhecimento em carvalho.
O sabor do vinho seguiu todo o clima da noite, se mostrando extremamente supreendente e prazeroso. Mais uma vez, um excelente vinho. Gosto característico da uva, do carvalho e dos vinhos europeus de forma geral. Este também se mostrou um vinho com sabor final longo. O que isto quer dizer? Quer dizer que é um vinho que fica com gosto na boca por um tempo maior do que a maioria, o que demonstra novamente a sua qualidade superior.
Nem sempre que tomei vinhos caros e exclusivos, a experiência foi compensadora. A regra do mais caro é melhor, não se aplica ao vinho, principalmente porque paladar é muito pessoal, e cada um tem seu estilo. Mas desta vez, o preço e a exclusividade compensou sim. O Esporão não é tao fácil de ser encontrado, e no varejo o seu preço fica em torno de R$ 100,00 (passando dos R$ 140,00 em um restaurante). Não é um vinho barato, mas vale o investimento para momentos especiais. A minha surpresa com o Esporão foi perceber que a esposa do meu pai reconheceu o vinho apenas pela cápsula (“rótulo” que envolve a rolha) a mostra! Percebi logo de cara que já tinha uma fã do vinho logo no início da janta. Eu, minha esposa e meu pai conhecemos o vinho pela primeira vez e todos concordamos que estávamos diante de um grande vinho.
Como o papo estava bom, o Esporão acabou cedo e precisávamos continuar bebendo vinho!!! Resolvemos abrir um argentino, o Trapiche Roble 2007, Pinot Noir. O vinho é bom, porém, depois do Esporão, acabou ficando “se graça”, um vinho sem grandes entregas. Com sabor mais curto e mesmo sendo um Pinot, comprando com o Esporão, acabou parecendo mais forte e mais “pegado”. Este já é um vinho mais comum, muito bem vendido na Argentina, fácil de encontrar no varejo na faixa dos R$ 25,00. Acredito que, o que sacaneou o Trapiche foi justamente ter tomado antes o Esporão.
Para fechar a janta, tínhamos de sobremesa as peças de arte que são os doces do Diego Andino, acompanhados de sorvte de creme. Mais um prazer a parte. Para acompanhar, resolvemos abrir um vinho sobremesa. Já havia escrito sobre vinhos sobremesa em outro post, e considero eles pesados para tomar além de uma taça. Por isso, mesmo sendo pequena, uma garrafa acaba ficando muito para mim e para minha esposa. Como a janta já estava muito especial, merecia a abertura de um Late Harvest (colheita tardia, que por ser assim, fica doce). Abrimos um Casa Silva, composto pelas uvas Sémilon e Gewurztraminer, devidamente gerlado. Muito bom também. Não tão pesado quanto a maioria que já tomei. Um vinho na faixa de R$ 30,00 no varejo.
Realmente acabamos a noite com uma experiência gastronômica digna de uma boa noite do dia dos pais. Fica aí as dicas de Portugal, passando pela Argentina e terminando no Chile.
Ah… se ficou curioso pelo risoto, posso passar a receita, é só me pedir!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Rumo ao Chile!


Atendendo ao pedido de um leitor aqui do blog, e amigo (Renato – Bandas Gaúchas), resolvi escrever um texto sobre os vinhos Chilenos.
Não são meus vinhos preferidos, mas ainda assim considero os chilenos os melhores vinhos da américa do sul.
A maioria dos bons vinhos chilenos são produzidos no Valle del Maipo, e durante muitos anos foram comparados com vinhos europeus, pela forma com que as uvas são plantadas e tratadas. Hoje isto tudo já se misturou um pouco, e o que fica mesmo de forma sem mistério (que é a proposta deste blog) é que os vinhos chinelos tem um bom sabor, mais leve que os argentinos e menos ácidos do que os brasileiros (pelo menos para mim).
Como não são vinhos da minha preferência, não conheço tantas marcas chilenas, porém, dentro daquelas que eu já degustei, destaco algumas como positivas. Começando pela mais famosa do Chile, a Concha Y Toro, que costuma ser uma marca de entrada para muitos que iniciam nos prazeres do vinho, com a linha Casillero del Diablo. A uva carmenere é, para mim, a melhor da Concha Y Toro. Como a linha deles é enorme, fica aqui a dica para provar o Marqués de Casa Concha, que é um dos vinhos tops deles, que vale a pena conhecer!

Outras marcas de vinho chileno que me chamam atenção são: o ConoSur (destaque para os Pinot Noir deles), o Cousino Macul (que é para os chilenos a vinícula mais importante para eles), o Viu Manet (que se destaca por vinhos bons e de baixo preço), a linha completa do Casa Silva (que já comentei em post anterior) e por fim os vinhos da vinícula Montes, que conheci com meu amigo Rafael (grande apreciador de vinhos) e que já provei o Montes Alpha M e o Purple Angel (degustado inclusive na casa do Rafael), que foi para mim até hoje o melhor vinho da América do Sul que já tomei!
Acredito que ainda tenho muito o que explorar e conhecer sobre vinhos chilenos, mas fica aí as dicas iniciais que tenho para compartilhar!
Obs: anexo está a imagem de um mapa das regiões vinículas do Chile!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Avondale, não deu!

Faço parte de um grupo de reflexão sobre negócios, sucesso, felicidade e qualidade de vida. Uma espécie de grupo de estudos sobre estas questões da vida, de forma multidisciplinar.

Como ontem estava muito frio, o nosso encontro acabou ficando acompanhado de um vinho tinto. Eu e meu amigo João Batista optamos por uma nova experiência (pelo menos para nós dois), e escolhemos o Sul-Africano Avondale, Pinotage, 2008. Um vinho diferente pela sua origem e na faixa de R$ 60,00 no restaurante.
O problema é que quem gosta de experimentar coisas novas, nem sempre vai se dar bem. E foi o que aconteceu ontem.
O Avondale, não deu! O paladar do vinho é percebido no início da língua, o que dá uma sensação de parecer um vinho levemente frizante (mas não é!). Além disto, achamos o vinho bastante amargo e com um gosto no final não muito agradável.
Pelo preço que pagamos, não foi uma experiência tão positiva. Mesmo assim, sigo fã da idéia de sempre ousar e buscar coisas novas!