Para início, abrimos dois tipos de champagnhes, para os dois tipos de gostos. Uma Riccadonna, italiana, Asti, selo DOC (Denominação de Origem Controlada). Uma bebida doce, muito parecida com a Moscatel brasileira, porém com mais qualidade, sendo possível sentir o gosto da uva branca facilmente e tendo o gás dela de uma forma extremamente suave.
A outra que abrimos foi uma Concha Y Toro, chilena, Brut. Não é meu tipo preferido de champagnhe por isso tomei apenas um gole para provar. Percebe-se uma bebida de qualidade, mas por ser bastante seca, prefiro muito mais uma Asti ou uma Moscatel, e neste caso a concorrência era desleal, pois para mim a Riccadonna é simplesmente a melhor champagnhe que já tomei. Pena mesmo é que a Riccadonna é tão cara no Brasil, a garrafa custa cerca de R$ 70,00 enquanto a Concha Y Toro encontra-se pela metade do preço.
Para acompanhar o jantar, abrimos um vinho sugerido pelo meu amigo Rafael. Ele trouxe um vinho chamado Lapostolle Casa, um Carmenére 2008. Trata-se de uma vinícula chilena que vem crescendo. A proposta da vinícula é conseguir produzir um vinho com características de vinhos europeus (principalmente franceses) utilizando uvas chilenas. A uva carmenére é uma marca registrada do Chile, que se tornou conhecido mundialmente pelas excelentes produções desta uva. Deixamos o vinho respirando cerca de uma hora e servimos nas taças. Percebe-se logo no visual que trata-se de um vinho especial. A cor dele chama a atenção. Uma bor extremamente brilhante, um tom bonito da cor da uva. O paladar do vinho é extremamente agradável, suave, longo. O Rafael sugeriu que percebia chocolate no vinho. Confesso que ainda não cheguei neste patamar. O que importa é que o vinho foi excelente! Realmente lembrou a suavidade dos vinhos europeus. Para dar continuidade, resolvemos abrir um vinho um tanto quanto curioso. Trata-se de um Aurora. A vinícula é nacional, mas é um corte de uvas uruguaias. Este vinho não é mais produzido. Ou seja, quem tem, tem! É uma combinação de Tannat (típica do Uruguai) e Merlot, que deixa o vinho mais suave. Tenho três garrafas desta na minha adega e a idéia é ir tomando em momentos mais especiais. Por dois motivos básicos. Primeiro porque trata-se de um vinho de alta reserva, pois é 2000. E segundo porque é um vinho de herança que pegamos da adega do falecido avô da minha esposa.
Deixamos o vinho respirando uns 30 minutos e servimos. A cor do vinho não é tão convidativo. Cor escura, levemente puxando para tons de terra, o que geralmente já denuncia uma má qualidade do vinho. Pelo seu tempo de reserva, foi possível sentir bem o sabor do carvalho e uma leve acidez, que não chegou a incomodar. Perdeu para o Lapostolle Casa, que demonstrou muito mais qualidade, mas mesmo assim surpreendeu na qualidade que se mostrou superior à muitos vinhos nacionais.
Encerramos o encontro satisfeitos com os novos vinhos experimentados!
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