domingo, 8 de agosto de 2010

Riccadonna, Concha Y Toro, Aurora e Lapostolle Casa

Ontem, diante de mais uma noite fria e chuvosa, tive o privilégio de uma sequência de degustações de vinhos. O jantar era composto de três casais de amigos, e quando temos este número de pessoas a grande vantagem é poder abrir um número maior de garrafas e ter mais de uma experiência. E foi o que aconteceu ontem!
Para início, abrimos dois tipos de champagnhes, para os dois tipos de gostos. Uma Riccadonna, italiana, Asti, selo DOC (Denominação de Origem Controlada). Uma bebida doce, muito parecida com a Moscatel brasileira, porém com mais qualidade, sendo possível sentir o gosto da uva branca facilmente e tendo o gás dela de uma forma extremamente suave.

A outra que abrimos foi uma Concha Y Toro, chilena, Brut. Não é meu tipo preferido de champagnhe por isso tomei apenas um gole para provar. Percebe-se uma bebida de qualidade, mas por ser bastante seca, prefiro muito mais uma Asti ou uma Moscatel, e neste caso a concorrência era desleal, pois para mim a Riccadonna é simplesmente a melhor champagnhe que já tomei. Pena mesmo é que a Riccadonna é tão cara no Brasil, a garrafa custa cerca de R$ 70,00 enquanto a Concha Y Toro encontra-se pela metade do preço.
Para acompanhar o jantar, abrimos um vinho sugerido pelo meu amigo Rafael. Ele trouxe um vinho chamado Lapostolle Casa, um Carmenére 2008. Trata-se de uma vinícula chilena que vem crescendo. A proposta da vinícula é conseguir produzir um vinho com características de vinhos europeus (principalmente franceses) utilizando uvas chilenas. A uva carmenére é uma marca registrada do Chile, que se tornou conhecido mundialmente pelas excelentes produções desta uva. Deixamos o vinho respirando cerca de uma hora e servimos nas taças. Percebe-se logo no visual que trata-se de um vinho especial. A cor dele chama a atenção. Uma bor extremamente brilhante, um tom bonito da cor da uva. O paladar do vinho é extremamente agradável, suave, longo. O Rafael sugeriu que percebia chocolate no vinho. Confesso que ainda não cheguei neste patamar. O que importa é que o vinho foi excelente! Realmente lembrou a suavidade dos vinhos europeus. Para dar continuidade, resolvemos abrir um vinho um tanto quanto curioso. Trata-se de um Aurora. A vinícula é nacional, mas é um corte de uvas uruguaias. Este vinho não é mais produzido. Ou seja, quem tem, tem! É uma combinação de Tannat (típica do Uruguai) e Merlot, que deixa o vinho mais suave. Tenho três garrafas desta na minha adega e a idéia é ir tomando em momentos mais especiais. Por dois motivos básicos. Primeiro porque trata-se de um vinho de alta reserva, pois é 2000. E segundo porque é um vinho de herança que pegamos da adega do falecido avô da minha esposa.

Deixamos o vinho respirando uns 30 minutos e servimos. A cor do vinho não é tão convidativo. Cor escura, levemente puxando para tons de terra, o que geralmente já denuncia uma má qualidade do vinho. Pelo seu tempo de reserva, foi possível sentir bem o sabor do carvalho e uma leve acidez, que não chegou a incomodar. Perdeu para o Lapostolle Casa, que demonstrou muito mais qualidade, mas mesmo assim surpreendeu na qualidade que se mostrou superior à muitos vinhos nacionais.
Encerramos o encontro satisfeitos com os novos vinhos experimentados!

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