segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Vinho Francês e… sorvete!


Final de semana na praia e ao invés de sol, chuva! A solução é improvisar e mudar a programação. Resolvi partir para a cozinha e fazer um filé recheado, que estava sensasional. Mas como este blog é sobre vinho, e o meu file não levava vinho como ingrediente, vou deixar para comenta-lo apenas com os curiosos!
Meu pai era o nosso convidado e trouxe um vinho para harmonizar. E não era qualquer vinho, e sim um Francês, meu país preferido na produção desta bebida. Eu não conhecia o vinho, mas só o fato de ser um vinho que veio direto de Paris, trazido na mala, já tem outro astral e merece respeito!
O vinho chama-se Aegerter, 2008, Syrah, com selo DOC.
Devido ao calor, optamos por quebrar certas etiquetas e aprecia-lo em temperaturas mais baixas. Logo pela cor, percebi que era um vinho leve. Sua cor fica entre um clássico tinto e um rosé. No sabor, se confirmou um ótimo vinho, e mais uma vez os Franceses confirmaram porque são meus favoritos. O vinho harmonizou super bem com o filé e mesmo gelado, manteve toda sua energia de bom vinho. Leve e com baixa acidez, exatamente como me agrada. Isto tudo sem perder a presença dos taninos (gosto de carvalho). Apenas apresentou-se um vinho de sabor mais curto do que alguns Franceses que admiro, mas ainda assim, foi um ótimo vinho. Não faço idéia de quanto custa, mas é com certeza mais um vinho para ficar na lista daqueles que precisamos provar!

O mais interessante se desenrolou depois. Antes da janta, já havíamos tomado espumante como aperitivo. No final da janta estávamos todos levemente “passados” no álcool. Como sobremesa, servimos sorvete e foi então que meu pai resolveu quebrar todos os protocolos do vinho e misturar este maravilhoso vinho Francês com o sorvete! Meu Deus! Achei que meu pai estava louco.
Mas sabe de uma coisa? Não é que ficou bom mesmo!!!! Visualmente não ficou muito atraente, mas o sabor ficou ótimo! Ficamos com desejo de aprimorar a proposta de combinação. Não sei se precisava ser um Francês, mas a idéia de colocar um pouco de vinho no sorvete foi surpreendentemente positiva.
Isto sim que é beber vinho tinto gelado!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Chef por um dia: Rigatoni com ragu ao vinho

Fazia tempo que eu não preparava uma comida que levasse vinho como um dos ingredientes. Pesquisei algumas coisas na internet e resolvi partir para a cozinha.
Antes de dar a receita em si, vale um comentário. Por favor, sempre que for fazer uma comida à base de vinho, não utilize vinho de má qualidade. Preze sempre por um vinho que lhe agrade, mesmo que seja para cozinhar! Pensando nisto, abri um clássico Chileno, o Casillero del Diablo, Reserva Privado, safra 2005, das uvas Syrah e Cabernet Sauvignon. O vinho pertence à bodega Concha Y Toro, e costuma ser um vinho "porta de entrada" para muitos apreciadores. O preço é bom, e a entrega é boa. Não é um grande vinho, mas não podemos desprezar, principalmente quando se trata de um Reserva Privado de 6 anos.
Abri o vinho, separei a dose necessária para a massa e começamos a beber!



Bom... vamos ao prato.

Ingredientes:
1 pacote de macarrão rigatoni
300g de carne moída
400g de tomates sem sementes
2 colheres (sopa) de manteiga
1 copo de vinho tinto
2 colheres de sopa de conhaque
1 cebola picada
1 talo de alho poró
Cebolinha
Sal e pimenta à gosto
Queijo parmesão ralado

Modo de preparo:
Refogar a cebola na manteiga, em fogo mais baixo possível, de forma a deixar a cebola pastosa. Acrescentar o alho poró picado, a carne temperada com sal e pimenta, e esperar ferver até evaporar o líquido. Banhar com conhaque e deixar evaporar. Juntar os tomates passados no liquidificador e o vinho. Cozinhar em fogo brando por 40 minutos. Ferver o rigatoni em água salgada. Quando estiver al dente, escorrer e juntar com o molho. Polvilhar com queijo ralado e cebolinha picada.



Fácil, bonito, saboroso!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Beaujolais `a mesa!



Já havia tomado este vinho há algum tempo atrás. Na época, guardei o rótulo para tentar encontra-lo novamente. Sou fã de vinhos Franceses, mas este se destacou nas minhas experiências.
Em recente viagem à Rio Branco, onde é possível comprar vinhos por preços muito menores, encontrei por lá o antigo rótulo guardado em minha memória.  Trata-se do Grand Vin Du Beaujolais, 2009. Os Franceses não tem o hábito de apresentar no rótulo qual o tipo de uva, mas sem a origem. Este é produzido na região famosa de Bourgogne, no sudeste da França. Em específico onde fica esta vinícula, é a região considerada a melhor região gastronômica do país.
Ao abrir a garrafa, confirmei que é um vinho que harmoniza super bem com diversas comidas. Um vinho leve, frutado, sem grandes compromissos. Sabor um pouco curto, mas de qualidade. Como estava muito calor, resolvemos deixar ele levemente gelado, e o vinho se saiu muito bem!
Comprando em zonas francas, vale muito. Paguei em Rio Branco o valor aproximado de R$ 15,00. No Brasil, estava garrafa deve estar custando na faixa de R$ 35,00 em lojas, e por volta dos R$ 60,00 em restaurantes.
Um vinho que não foi feito para ficar degustando por horas, devido a sua entrega um pouco mais simples. Mas, se sua idéia foi um vinho fácil, leve, sem compromissos, para agradar à todos, não deixe de provar este Francês. Dentro desta proposta, é sem dúvida, um dos melhores que já tomei!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Uma noite pra lá de Sexy!


Ainda tenho alguns vinhos em estoque da última viagem que fiz para Portugal. Um deles me chamou muito a atenção, tanto pelo nome, quanto pelo rótulo. O vinho chama-se Sexy, e o rótulo é um rosa pink super chamativo. Um corte 2008, composto das uvas Cabernet-Sauvignon, Syrah, Aragonez e Touriga Nacional.
O legal do vinho, é que ele está diretamente ligado com uma das funções que o vinho pode propiciar para os casais que usufruem desta bebida: a libido. O nome já é provocativo.
O seu sabor é bom… Uma mistura de muitas uvas e isso acaba descaracterizando uma em específico. Mesmo assim, é bom! Um pouco curto, o que gera uma vontade de beber mais para continuar provando. Tem uma presença um pouco mais marcante da presença dos taninos (aquele gosto do carvalho). Como o vinho estava com um sabor acentuado da presença de álcool, preferimos deixar ele respirando por alguns minutos, o que realmente deixou ele melhor depois. Não vi este vinho para vender no Brasil, mas se encontrasse, compraria. Não achei ele excelente, mas gostei!
Beba o vinho apenas à dois… entre no clima do nome do vinho… e o resto é com você!

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Você conhece a região Chablis?

Não resisti e voltei no restaurante do post anterior.
Porém, desta vez não vou comentar toda a sequencia de vinhos que provei, vou dar uma atenção em um vinho em específico. Provei o Jean-Marc Brocard, 2008, branco, Chablis, 100% Chardonnay, Francês.
Comecei a gostar de vinho branco há pouco tempo, por isso, meu conhecimento ainda é menor do que sobre os vinhos tintos e rosés. A uva Chardonnay é para os brancos, assim como o Cabernet é para os vinhos tintos. É praticamente a mãe dos vinhos brancos. Se é Chardonnay, deve será ser boa! Mas ainda assim, descobri nesta noite uma novidade: uma região na França chamada Chablis, de onde saem os melhores vinhos brancos do mundo. Hoje, o nome Chablis só pode ser usado por vinículas desta região, pois houve uma época que muitos vinhos brancos ao redor do mundo utilizaram esta expressão. Chablis faz parte de Borgonha, perto da região do Champagne. Existem quatro tipos de Chablis que, em hierarquia crescente são: Petit Chablis, Chablis, Chablis Premier Cru e Chablis Grand Cru. No meu caso, provei o "apenas" Chablis, que são os mais populares. E o vinho realmente impressionou pela alta qualidade, riquíssimo em perfumes com um sabor levemente adocicado com final longo e intenso. Foi uma ótima bebida de entrada, pois estava quente e tomamos o vinho gelado. A cor é brilhante e o sabor realmente permanece um bom tempo na boca. Foi sem dúvida a melhor experiência com vinho branco até hoje!
Eu já era fã dos vinhos Franceses tintos, agora também serei dos vinhos brancos.
Não esqueça: Chablis!