sábado, 30 de abril de 2011

Degustando o Maderos em José Ignácio


Sempre defendi aqui no blog que vinho não é apenas a bebida em si. Um bom vinho precisa estar acompanhado de um bom lugar, uma boa energia e boas pessoas. Com certeza um ambiente favorece qualquer vinho a ficar muito mais saboroso.
Eu e minha esposa somos fã de Punta Del Este (Uruguai) e região. Nesta páscoa resolvemos ir para José Ignácio, uma cidade extremamente charmosa e 20km próximo de Punta. A proposta foi de tirar alguns dias de total silêncio, cheiro de grama, luau, uma boa música, barulho de lenha queimando e é claro, bons vinhos. Toda vez que fomos para o Uruguai, tivemos a grata felicidade de provarmos bons vinhos. E desta vez não foi diferente.
Porém, ao contrário de outras viagens, vou postar aqui somente um vinho que experimentei neste último feriadão.
Seguindo a sugestão de outros blogueiros, fomos juntar na beira de praia de José Ignácio, em um restaurante chamado La Huella e fica literalmente na areia. Uma noite fria, de lua cheia e céu estrelado. Ambiente extremamente agradável.
Como dito antes, em uma situação destas, muitos vinhos seriam maravilhosos. Mas ainda assim, resolvemos conversar com o sommelier da casa e pegar alguma dica. Fazíamos questão que fosse um vinho Uruguai, para ficar no clima da viagem.

E foi desta forma que fomos apresentados ao Maderos, da Bodega Los Cerros de San Juan. Eu havia comentado com o sommelier que não costumamos gostar de vinhos muito “pegados”, ou encorpados como prefere dizer os mais entendidos. Somos fãs de vinhos mais leves. O Uruguai é internacionalmente conhecido pelos vinhos de uva Tannat, mas queríamos justamente conhecer algo novo e mais leve. A garrafa que tomamos do Maderos era de uva Pinot Noir, uma das uvas favoritas no nosso gosto. Safra 2006. Que vinho bom!!! Pagamos, no restaurante, o valor de R$ 45,00 e a relação custo benefício foi ótima. Vinho super equilibrado de acidez, gosto longo, sem excesso de carvalho e aquele gostinho no final que é típico dos Uruguais (amaderado, mas levemente florado).
Se for a Punta del Este, não deixe de visitar José Ignácio. Se for a José Ignácio, não deixe de jantar no La Huella. Se for no La Huella, não deixe de tomar o Maderos!

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Degustação de Nieto Senetiner*



A importadora Porto a Porto deu mais uma demonstração de competência no mundo do vinho, ao promover, na última sexta-feira, 15,  a apresentação dos vinhos da Bodega Nieto Senetiner. O evento realizado no restaurante argentino La Pampa contou com as presenças de Pedro Correa de Oliveira – diretor da Porto a Porto – Roberto Gonzáles – enólogo da Nieto  –, Tommy Hughes – diretor da Nieto -  além de clientes e  jornalistas.


Foram apresentados os vinhos Cadus Syrah 2002 e Cadus Malbec 2008



Bodegas Nieto Senetiner apresenta a linha CADUS 


O nascimento da marca de vinhos CADUS remonta ao ano de 1995, momento em que os vinhos super concentrados da Toscana causaram verdadeiro furor no mundo, devido denominação super toscanosNa Bodegas Nieto Senetiner, de reconhecida descendência italiana, este modelo foi aplicado com o suporte de Alberto Antonini, enólogo e consultor internacional italiano, que sei uniu à equipe dirigida por Roberto Gonzáles (enólogo chefe) e Tommy Hughes (diretor agrônomo) que estiveram em Porto Alegre para a apresentação da linha Cadus na última sexta-feira. O encontro aconteceu no restaurante La Pampa e contou com a presença de Pedro Corrêa de Oliveira, diretor da Porto a Porto. 


Cadus significa vasilha em latim, elemento utilizado na antiguidade para guardar pequenas parcelas de vinho. Em sua colheita de estreia, em 1999, Cadus soube se posicionar nos mais relevantes pedestais do mundo do vinho, ao ser considerado Revelação do Novo Estilo de Vinho na Argentina, crítica relevante assinada pela Master of Wine do mundo vitivinícola europeu, Jancis Robinson.


Por todos estes motivos, a linha Cadus representa a elegância e sofisticação de vinhos tranquilos e espumantes da Bodegas Nieto Senetiner. Indicado para amantes de vinhos, que possuem paladar exigente, Cadus valoriza a trajetória da vinícola e posiciona-se como um clássico, repleto de personalidade.

O chef Ricardo Sabbado do restaurante La Pampa preparou um cardápio especialmente para o evento que contou como Entrada: Mesclun de folhas da estação com lâminas de damascos e castanhas de caju. Bastonetes de palmito pupunha em redução de aceto balsâmico. Harmonizado com Espumante Nieto Senetiner Brut Nature; 





Primeiro Prato: Conchiglioni recheado com mousseline de presunto parma ao molho cremoso de gruyére. Harmonizado com vinhos Cadus Syrah 2002 e Cadus Malbec 2008; Prato Principal: Entrecot de angus argentino com risotto de funghi porcini ao molho de mostarda ancienne harmonizado com os vinhos: Cadus Malbec 2007 e Grand Vin Cadus 2008. 


De sobremesa: Crepe de doce de leite com vinho licoroso também da Nieto Senetiner: Don Nicanor colheita tardia. 






Sobre a linha Cadus Single Vineyard
Primeira colheita: 1996
Potencial de Guarda: 10 anos
Variedades: Malbec (todos os anos), Cabernet Sauvignon e Syrah (quando a qualidade das uvas permite).
Prêmios: Decanter World Wine Awards 2008: Gold Medal (Trophy) - Cadus Malbec 2004 | Argentina World Wine Awards 2008: Gold Medal - Cadus Malbec 2004.
Pontuações:
Robert Parker - Wine Advocate: 92 pontos Malbec 2006.
Robert Parker - Wine Advocate: 92 pontos - Malbec 2004.
Wine Enthusiast: 90 points - Cabernet Sauvignon 2003; 92 pontos - Malbec 2002; 91 pontos - Syrah 2002; 92 pontos - Malbec 2000 Estiba 39.
Wine News: 91 pontos - Malbec 2000.
Wine Spectator: 91 pontos Malbec 2004; 90 pontos - Malbec 2002.
Stephen Tanzer - International Wine Cellar: 91 pontos - Cabernet Sauvignon 2003; 90 pontos - Malbec 2000 Estiba 39; 92 pontos - Cabernet Sauvignon 2002.

*Este texto foi escrito por Paulo Renato Rodrigues, Economista e Blogueiro do ZH Moinhos.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Pesquisa impressionante!

Recebi esta pesquisa do meu amigo Marcelo Santos e resolvi compartilhar aqui no blog!


Vinhos mais baratos podem ter o mesmo efeito em termos de paladar que garrafas mais caras, segundo um estudo britânico.

No total, 578 pessoas participaram de uma degustação às cegas durante o Festival de Ciência de Edimburgo, na Escócia, e só na metade dos casos conseguiram identificar quais eram os vinhos caros e quais eram os mais baratos.
Eles experimentaram diversas variedades de vinhos tintos e brancos com preços menores que 5 libras (R$13) e outras safras consideradas superiores vendidas a preços entre 10 e 30 libras (R$ 26 e R$ 78). Na degustação, também havia garrafas de champagne de 17 libras (R$ 44) e de 30 libras (R$ 78).
Os participantes tinham de dizer, então, quais eram os vinhos baratos e quais eram os caros. Mesmo sem saber a resposta, eles teriam 50% de chance de acertar. E foi exatamente isso o que aconteceu.
A conclusão, para os pesquisadores da Universidade de Hertfordshire, é que muita gente não consegue distinguir os vinhos pelo paladar e pode estar pagando mais caro apenas pelo rótulo.
"Estes resultados são impressionantes. As pessoas não conseguiram notar a diferença entre vinhos caros e baratos, então nesse momento de dificuldades financeiras a mensagem é clara: os vinhos baratos que testamos tinham um gosto tão bom quanto as garrafas caras", disse o psicólogo Richard Wiseman, que conduziu o estudo.


É por este motivo, que eu sempre recomendo que só gaste com vinhos caros, quando conseguir dar o devido valor!