domingo, 31 de outubro de 2010

Você já provou vinhos orgânicos?*

A importadora Porto a Porto reuniu, no dia 27 de outubro, um grupo de jornalistas para degustar os vinhos orgânicos da vinícola espanhola Finca Los Alijares, localizada na província de Toledo,  próxima à famosa Serra de Gredos.
Os vinhos dessa bodega , fundada em 2005,  são etiquetados com  o selo de agricultura ecológica,  que certifica o uso de adubos orgânicos naturais no cultivo. Já a  a vinificação se processa sem o uso de anti-sépticos nem antioxidantes e a conservação e o engarrafamento do vinho são isentos de  aditivos nocivos para a saúde. 
Em relação aos vinhos biodinâmicos, que também não empregam produtos químicos e sulfitos, a diferença é que eles são elaborados de uma forma mais esotérica, utilizando, por exemplo, os efeitos dos ciclos da lua e dos astros, tanto no plantio, como na poda e na colheita. O problema do vinho biodinâmico é que não há regulação a respeito.
É a segunda degustação desse tipo  de  que participo, sendo a primeira de vinhos biodinâmicos da África do Sul ( Avondale), numa promoção da Vinhos do Mundo, e agora essa de vinhos orgânicos da Finca los Alijares. Confesso que gostei mais dos vinhos orgânicos. Dos que foram  degustados a minha preferência  foi o da uva viognier branco. É perfeito para uma harmonização com frutos do mar.
Para o fundador e proprietário da vinícola, José Luis Pérez Aquino, em dez anos, a metade do vinho consumido no mundo já será orgânico. Ele cita que, na  Europa isso  já está bem mais avançado. Como referência, na Alemanha,  onde até existe um Partido Verde, esse conceito de cuidado com a natureza e a  saúde é muito desenvolvido. Ele explica que, nos dois maiores mercados da sua empresa– Estados Unidos e Brasil – o consumo vai crescer exponencialmente.  - “Só não vai se desenvolver em zonas onde a natureza não é propícia.  Além disso, o consumidor hoje prefere vinhos que tenham corpo, estrutura, alta concentração de sabor e aroma, mas que sejam fundamentalmente leves e agradáveis ao paladar, sem adstringência.”
Penso que estamos diante de uma tendência. A conferir.


*Este texto foi escrito por Paulo Renato Rodrigues, Economista e Blogueiro do ZH Moinhos.

Um comentário:

  1. Paulo Renato
    Nessa eu estou que nem o Zeca Pacodinho, na sua música "Você sabe o que é caviar"?. Nunca vi, nem bebi, eu só ouço falar. Mas deve ser coisa fina e boa. Se me convidares para uma prova no teu rancho, amarro o pingo no Parcão e vou a pé até aí, degustar esse "Sangue de Cristo orgânico". Enquanto isso não acontece, vou consumindo o Vinho do Chesini, neste Alegrete de muitos vinhos e poucos vinhedos.
    Abç
    Lino Tavares

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