Esta é uma área destinada a amantes do vinho que procuram nesta misteriosa bebida uma fonte de experiências positivas, sem necessariamente um alto conhecimento sobre o assunto. Uma área para iniciantes que ainda não são (ou simplesmente não querem se tornar) “enochatos”. Espero que aproveite!
domingo, 18 de julho de 2010
Casa Perini Tannat 2002
Domingo, chuva, frio, churrasco… O que vamos beber? Vinho!
Como manda a etiqueta, carnes vermelhas mais pesadas combinam com vinhos mais pesados. Ainda não sei se concordo 100% com isso, pois gosto de deixar as coisas ao seus devidos momentos, independente de regras e etiquetas. Mesmo assim, neste domingo resolvemos seguir a dica dos enólgos e abrimos um Tannat 2002 da Casa Perini. Um Gran Reserva, rótulo negro, que é difícil de se encontrar em pontos de venda. Esta garrafa em especial, compramos direto da Perini em Caxias do Sul, em uma visita junto com o Tiago da Enotrip (www.enotrip.com.br).
Abrimos o vinho e logo pudemos perceber o cheiro clássico do Tannat. É um cheiro um pouco mais forte da uva e é possível se perceber no aroma a presença do carvalho. Não é exatamente o estilo que mais me agrada, mas preciso confessar que o vinho demonstrou qualidade já na abertura da garrafa.
A cor mais escurecida preencheu as taças e provamos o esperado Tannat 2002. Gosto positivo mas não tão surpreendente. O mais interessante foi mesmo poder degustar de um vinho que não se encontra facilmente.
Não sou tão adepto aos vinhos tintos nacionais. Nada de forma preconceituosa, até mesmo porque defendo a idéia de valorizarmos o que é produzido no Brasil. Porém, os vinhos tintos costumam ser mais ácidos e este é um ponto muito sensível no meu paladar. Os vinhos europeus fazem o contraponto neste aspectos e justamente por isso, não sou tão fã dos vinhos sul americanos.
Mas voltando ao Perini experimentado, caiu bem. Combinou com o churrasco. Foi uma das primeiras vezes que preferi um vinho em uma temperatura um pouco mais elevada. Costumo deixar os vinhos em um adega climatizada entre 12 e 14 graus, o que deixa levamente suada a garrafa. Especialistas condenam isso, mas prefiro respeitar o meu paladar. Mas no caso deste Tannat 2002, realmente ficou melhor depois que ficou em uma temperatura um pouco mais elevada do que os meus padrões.
A dica que mais vale do Perini Tannat, é de fato ir buscar o vinho na própria vinícola. O ponto famoso dos vinhos no Brasil é em Bento Gonçalves, na região do Vale dos Vinhedos. Com certeza vale a pena conhecer. Porém, gosto muito de um turimo não tão popular, não tão pop. Por isso, ir à Caxias de Sul conhecer a região que fica a venícola Perini (região da Forqueta) é muito interessante. Separe um final de semana ensolarado, visite a região e traga para sua experiência futura este Tannat. E não deixe de prová-lo com uma boa carne vermelha, pois neste caso realmente a combinação vinho e prato, fez diferença.
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Talvez esse seja o melhor vinho da Casa Perini, sem levar em consideração as espumantes. Aproveitando, a assessoria de imprensa da prefeitura me ligou hoje pedindo seu contato, ou melhor, o contato do responsável pelo Vinhos sem Mistério, espero que não se importe por ter passado seu número a eles.
ResponderExcluirAbraço