sábado, 22 de janeiro de 2011

"Buffet" de vinhos!

A proposta deste blog nunca foi falar sobre restaurantes. Mas hoje, terei que quebrar este protocolo, afinal desta vez me senti obrigado a comentar sobre um lugar que conheci, principalmente depois de saber que a minha cidade havia sido presenteada com este tipo de proposta.
Estava sem saber onde ir e resolvi dar uma olhada nas dicas de um blog que adoro, o Destemperados (www.destemperados.com.br). Logo que vi a sugestão do Vinum Wine Bar, não sobrou alternativas, afinal outras pessoas já haviam me indicado. Um bar especial para amantes do vinho, em Porto Alegre! Fomos direto para lá.


O lugar é um espaço composto com loja de vinhos (que já existia antes, em outro endereço) com um charmoso restaurante. Isto por si só, abre um leque enorme de possibilidades de vinhos para harmonizar com os pratos, que por sinal, também são excelentes. O atendimento é nota 10. Mas o grande charme do lugar é uma máquina que existem poucas no Brasil e é a única da região sul. Não lembro o nome da máquina, mas isto agora não vem ao caso. É uma máquina que permite a conservação do vinho, mesmo que aberto, mantendo todas as suas propriedades. Mas o mais interessante, é que por este motivo, a máquina permite a venda de doses (25, 75 e 150ml) das garrafas que ali se encontram Ou seja, você tem à disposição praticamente um buffet de vinhos. Você pode ir tomando um vinho, depois outro tipo, depois outro e assim por diante. É possível experimentar todas as diferenças de um vinho para outro. Além disto, também é a oportunidade de você provar um vinho muito caro, em pequena dose e saber se vale mesmo a pena. E por fim, outra vantagem é que cada um na mesa pode tomar o vinho que mais lhe agrada. Sensacional a idéia!








Eu e minha esposa resolvemos experimentar alguns, em pequenas doses (no nosso caso provamos sempre 75ml). Começamos por um branco, Chardonnay, Francês. Os vinhos Franceses sempre estiveram na minha lista de favoritos e este branco confirmou a qualidade deste charmoso país. O vinho lembra uma espumante, sem gás! Leve e aromático. Uma ótima dica para harmonizar com os aperitivos iniciais. O vinho é da vinívula Roux Pere e Fils, com o nome Bourgogne, safra 2008. Como a maioria dos Franceses, este foi mais um vinho que costuma agradar à todos.








Resolvemos seguir as dicas do Sommelier (que por sinal foi extremamente atencioso) e fomos para vinhos diferentes, harmonizado com as nossas escolhas. Minha esposa pediu um risoto de camarão e seguiu no vinho branco. Passou para um Chileno, o Santa Ema, também Chardonnay, safra 2008. Foi muito legal perceber a diferença de terroair (terra onde a uva é desenvolvida). O Chileno pareceu mais "forte", não tão leve. O seu aroma é menos perfumado, mas o gosto muito bom. Harmoniza melhor com pratos, enquanto o anterior cai bem apenas o vinho e nada mais.










Como eu preferi comer uma carne vermelha (filé com alho poró), segui a sugestão do Sommelier e provei um Chileno tinto, safra 2008, Alba de Dommus. Um corte de Merlot, Carmenere e Cabernet Sauvignon. Confesso que o vinho não caiu tão bem para mim. Não gosto de sabores tão acentuados dos taninos, que passam aquela sensação de estar tomando o carvalho. E foi o que senti neste vinho. Não chegava a ser ruim, mas também não estavam naqueles que nos deixam sorrindo de prazer após ingerir!









Mas eu estava curioso mesmo era para provar outro.  Um Argentino chamado Carmelo Patti, Malbec 2006. É um vinho feito por uma bodega estilo boutique na Argentina, com produção em pequena escala. O Brasil importa apenas 5.000 garrafas por ano. Ou seja, você estar frente a frente com esta garrafa em território Brasileiro é coisa rara! Não poderia deixar de conhecer. O vinho é de extrema qualidade. O mesmo espírito da Skol... um vinho que desce redondo. Uma equilibrada harmonia entre taninos, acidez, sabor e bouquet. Um sabor longo, que permanece um bom tempo nos dando prazer... A cor é intensa, o que reforça a idéia de um vinho saboroso. Ótima dica!



Fica aí uma ótima dica em Porto Alegre, o Vinum Wine Bar.

Site da Vinum: www.vinum.com.br
Link do posto no Destemperados: http://www.destemperados.com.br/2010/12/20/vinum-wine-bar-and-good-food/

Estando em Porto Alegre, não deixe de conhecer!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Gran Tarapacá com "arejador"


O Gran Tarapacá já é um vinho velho nos meus hábitos de consumo. Fazia tempo que não bebia e resolvi abrir uma garrafa 2009 de um Reserva Cabernet Sauvignon. O vinho é muito bom, e uma ótima relação custo x benefício. É um vinho saboroso e com bons tons de carvalho, sem exageros. É possível perceber uma acentuada presença de taninos, fruto do tempo reservado em barril de carvalho. Não é muito meu estilo, mas mesmo assim considero o Gran Tarapacá bem equilibrado!

Porém, o mais legal deste vez foi experimentar um presente que ganhei da minha esposa. Não sei o nome técnico, mas ando chamando de "arejador". A função dele é acelerar a oxigenação do vinho, deixando mais rápido os efeitos que o vinho sofre quando deixamos por um tempo maior em um decantes. É um acessório colocado na ponta da garrafa que aumenta a presença de oxigênio ao servir o vinho na taça. Fizemos um teste simples. Servimos em uma taça o vinho recém aberto e na outra servimos o vinho usando o acessório. Minha esposa notou a diferença mais rápido do que eu. Mas conforme íamos degustando, foi possível perceber que a diferença era mesmo grande. No vinho "arejado" o seu sabor era mais agradável, com menor acidez percebida, o que gerava uma sensação inclusive de ser menos alcoólico. Muito interessante!

Um bom e tradicional vinho, com um moderno e eficaz acessório! Valeu a experiência!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

J.P. Chenet - desta vez Rosé

O vinho Francês J.P. Chenet foi um dos primeiros bons vinhos que comecei a gostar. Em uma viagem recente, descobri o J.P. Chenet Rosé, que eu nem sabia que existia. Comprei algumas garrafas e experimentei esta semana.
É um vinho Rosé, combinação das uvas Cinsault e Grenache, safra 2009. Eu sempre gostei de vinhos rosés no verão, bem gelados. Ao contrário do que muitos pensam, vinho rosé é uma questão de processo, e não é um vinho de "resto de uvas". Tem muito vinho rosé de alta qualidade.
Este desta vez já começou bem no visual. A cor é muito bonita. Um tom vermelho brilhante e claro. O sabor do vinho é super agradável. Um vinho super leve. Praticamente um aperitivo. Já tomei vinhos rosé que eram fortes, encorpados e com sabores intensos. O Frânces em questão desta vez é o oposto disto. Para alguns, deverá ser leve até demais.
Uma ótima combinação com praia, sol, mar, piscina... ao invés de uma espumante, prove este rosé!

domingo, 9 de janeiro de 2011

Direto de Mendoza: Tempus.


Neste final de semana fizemos uma janta na minha casa. Minha irmã e meu cunhado trouxeram um vinho de uma viagem que eles fizeram para a região de Mendoza, na Argentina. Trata-se do vinho Tempus, Malbec 2008, Rosé.
Um vinho bem diferente, para rosé. Sou um fã dos vinhos rosés para o verão, servido gelado. Mas este me surpreendeu. Na verdade, mais parece um vinho tinto, que servi gelado. Um sabor típico de vinho tinto Malbec, sem a suavidade (e um certo paladar doce) dos vinhos rosés. Não é ruim, pelo contrário, é um bom vinho. O que me surpreendeu é que eu não esperava este sabor em um vinho rosé, e sim de um vinho tinto.
Sempre acho muito interessante estas descobertas que o vinho nos permite. O Tempos é sem dúvida uma boa dica para quem curte as características do vinho tinto, mas que aprecia um vinho gelado!

sábado, 8 de janeiro de 2011

Na noite com Suzana!


Já fazia algum tempinho que não saíamos, de forma repentina, para uma janta bacana. Aquela que a gente escolhe um lugar legal, um bom prato e um bom vinho.
A noite estava muito agradável e para combinar com a carne que pedimos, resolvemos escolher um vinho que nos fascinou há um tempo atrás e fazia muito tempo que não tomávamos.
Trata-se do Argentino Suzana Balbo Crios. Os vinhos Rosés deles são ótimos. Mas nesta noite pedimos um tinto, Malbec, 2007.
O vinho é muito bom. A relação de preço dele também é ótima. Custa cerca de R$ 60,00 no restaurante (deve custar por volta dos R$ 35,00 no supermercado). Nesta época do ano (no Brasil), sempre gosto de beber o vinho levemente gelado. Sei que a etiqueta não recomenda isso, mas o que importa é o que me agrada, e no calor o vinho tinto para mim deve estar em temperaturas mais baixas. Meia hora em um balde com gelo já é o suficiente. E foi o que fizemos! O Malbec desceu muito bem. Excelente sabor, com um ótimo equilíbrio evidente entre as frutas vermelhas e a madeira.
Quem acompanha o blog sabe que não sou um apaixonado por vinhos Argentinos, mas com certeza não podemos deixar de provar as delícias da Suzana!